Mbanza Kongo – Sete mil e 781 casos positivos da malária foram diagnosticados no Hospital Municipal do Nóqui, província do Zaire, em 2023, mais 2.233 registos face ao período homólogo de 2022.
Em declarações esta quarta-feira à ANGOP, o director do Hospital Municipal, Makwala Nkusi Anselmo, disse que do número de casos de malária notificados, cinco resultaram em mortes, na sua maioria crianças menores de cinco anos de idade.
Alegou o deficiente saneamento básico do meio, traduzido na existência de muito capim e lixo em quintais e em algumas artérias da vila, como sendo um dos factores que concorre na proliferação da doença na localidade.
Aconselhou, na ocasião, à população a primar pela higiene para se prevenir da doença, assim como a procurar, oportunamente, os serviços de saúde, para se evitar mais mortes por esta enfermidade.
Ao todo, segundo o gestor, o hospital testou 15 mil e 31 utentes contra a malária, no período em referência, contra os 11.640 indivíduos testados no período anterior.
Durante o período em balanço foram, também, registados 2.085 casos da febre tifóide, contra os 1.619 notificados em 2022, assim como 1.258 (+970) casos de doenças respiratórias agudas, 431 (+236) de doenças diarreicas agudas e 425 (-141) de hipertensão arterial.
O especialista em medicina geral e familiar assegurou que houve stock suficiente de medicamentos essenciais para atender a demanda registada.
O Hospital Municipal do Nóqui tem uma capacidade de internamento de 55 camas, cujo funcionamento é assegurado por 125 enfermeiros e 14 médicos.
O Nóqui é um dos municípios fronteiriços do Zaire com a República Democrática do Congo (RDC). Conta com uma população estimada em mais de 23 mil habitantes distribuídos pelas comunas de Mpala, Lufico e Sede. DA/PMV/JL