Ondjiva – As mortes por malária, na província do Cunene, registaram uma diminuição de 17 óbitos, em 2023, em relação ao ano anterior, revelou esta segunda-feira, em Ondjiva, o supervisor local do programa de combate à doença, André Domingos.
Em declarações à ANGOP, o responsável precisou que os hospitais da província confirmaram, durante o ano passado, um total de 137 óbitos por malária contra 154, no ano anterior.
André Domingos explicou que a redução de óbitos é fruto da mudança de mentalidade dos pacientes, que passaram a procurar mais cedo as unidades sanitárias, o que permitiu o diagnóstico tempestivo e o tratamento da doença.
“Tivemos êxitos no manejo da malária. Apesar da redução de mortes, sobretudo em crianças menores de cinco anos, não deixa de ser preocupante, dai a necessidade do reforço das acções preventivas”, afirmou.
Fez saber que, em termos de casos, foram diagnosticados um total de 102 mil 247, com um aumento de 21 mil e 485 que o anterior, devido à paralisação de algumas actividades ligadas à prevenção em 2022.
Devido à chuva que se abateu sobre a região, disse, há a probabilidade de aumento de mosquitos transmissores da doença, daí os municípios estarem em alerta para reforçarem as medidas preventivas nas comunidades para o controlo da proliferação dos insectos.
André Domingos aconselhou a população a primar pela melhoria do saneamento básico, com a eliminação de focos como os charcos e o lixo, assim como o uso correcto do mosquiteiro.
A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários do tipo Plasmodium, transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles, também conhecido como “mosquito prego”.
O Gabinete Provincial da Saúde controla 158 unidades sanitárias, sendo um Hospital Geral de Ondjiva, um da Missão Católica do Chiulo, seis hospitais municipais, 107 postos de saúde e 43 centros de saúde. PEM/LHE/IZ