Malanje- A vice-presidente nacional da Ordem dos Enfermeiros de Angola (ORDENFA), Ana Maria Pascoal, propôs hoje ao governo local e organismos afins, o encerramento de cursos de enfermagem em seis escolas privadas da província, por não reunirem condições para leccionar a referida especialidade.
De acordo com a responsável, a Ordem constatou que das sete escolas que ministram o referido curso em Malanje, apenas uma possui laboratórios e outros requisitos necessários, sendo que a maioria funciona à margem das normas, porquanto, além disso, enviam os alunos aos estágios sem orientadores e supervisores.
Disse que as unidades visitadas não possuem laboratórios para prática de enfermagem, biblioteca, campos de estágios, clínica e não só, uma situação que se regista em muitas regiões do país.
Realçou que a par disso, outra preocupação prende-se pelo facto de muitos professores destas unidades não possuírem perfil para tal, sendo que são essencialmente técnicos médios de ciências físicas e biológicas e estudantes do I e II anos de cursos de medicina e de enfermagem.
Por outro lado, Ana Maria Pascoal precisou que para além da falta de condições, muitas escolas de enfermagem do país não estão reconhecidas pelo Estado, pelo que estão a formar quadros não qualificados.
A vice-presidente da ORDENFA terminou hoje uma visita de trabalho de dois dias à Malanje, que visou aferir as condições de funcionalidade das escolas de enfermagem da província e das unidades de estágio dos estudantes.
A ORDENFA é uma instituição de utilidade pública, a quem compete regular, disciplinar e fiscalizar a actividade de enfermagem no país.
Actualmente conta com 78 mil e 720 profissionais de enfermagem inscritos e credenciados para exercer a profissão. NC/PBC.