Lubango – Um paciente de 14 anos de idade, diagnosticado com um tumor cerebral de alta complexidade com 9,7 centímetros de diâmetro, residente na Huíla, foi operado com sucesso nos Estados Unidos da América, graças a uma primeira intervenção preparatória feita em Setembro , no hospital central do Lubango Dr. António Agostinho Neto.
O paciente apareceu em estado de coma em Setembro último, quando foi socorrido por uma equipa de especialistas neurocirurgia, coordenada pelo director do serviço na unidade sanitária, nesta cidade, Emanuel Silva.
Após a primeira cirurgia, recuperou do coma e deixou de convulsionar, de seguida, desencadeou-se um processo de fisioterapia, mas voltou a complicar, tendo sido transferido para um hospital de Nova Iorque, onde beneficiou da última operação, feita com o concurso de médico angolano, sem custos, devido a uma parceria com o hospital huilano.
Em declarações à ANGOP, no Lubango, o médico Emmanuel Silva, fez saber que a cirurgia foi efectuada em duas etapas, sendo a primeira, na Huíla, que serviu para embolizar o tumor, ou seja, provocar a oclusão de um vaso sanguíneo para diminuir o fluxo de sangue em determinada área do corpo, fazendo que o sangramento seja menor durante a operação. O menor já regressou ao país e recupera bem.
Afirmou que a segunda e a última cirurgia foi feita com sucesso por uma das melhores equipas médicas do hospital americano, o que permitiu remover o tumor na totalidade sem máculas.
“Era um tumor de grandes dimensões depois de ter sido removido a porção do mesmo, sabíamos que não teríamos muito tempo para fazer a segunda cirurgia, em virtude do quadro clínico do adolescente David Bacalhau ter começado a degradar-se, pois já tinha paralisado o lado esquerdo do corpo”, disse.
Por sua vez, a mãe do paciente, Julieta Bacalhau agradeceu o profissionalismo desempenhado pela direcção do hospital central Dr. António Agostinho Neto e dos especialistas em neurocirurgia, por devolver a saúde do seu filho.
O serviço de neurocirurgia do Hospital Central do Lubango existe desde 2020, integra quatro médicos, dois deles especialistas, que fazem mensalmente uma media de 40 intervenções cirúrgicas. Os casos mais comuns são os traumatismos crânio-encefálico e as hidrocefalias. JT/MS