Quilengues - Os quatro membros da mesma família que sobreviveram a intoxicação alimentar, após terem comido “mandioca amarga” e que deram entrada no hospital municipal de Quilengues, domingo último, abandonaram a unidade, mesmo sem alta médica.
Entre os doentes consta um paciente menor de três anos de idade que se encontrava nos cuidados intensivos.
Trata-se de um casal e seus três filhos que ocorreram ao hospital municipal de Quilengues pela madrugada, após consumo do produto destinado exclusivamente a produção de farinha, sendo uma das filhas de 11 anos de idade, acabou por falecer, minutos depois de ter chegado à unidade sanitária.
Em declarações à imprensa, o director clínico do hospital, Adilson Miranda, confirmou a fuga dos doentes e fez saber que três já estavam com um quadro estável, mas a menor de três anos inspira cuidados, porque a sua respiração dependia do aparelho de oxigénio.
Por sua vez, o presidente da comissão de moradores do bairro Quatro de Abril, Mucwata Mandante, afirmou que a família em causa tem residência fixa na localidade, mas que nesta altura, apenas um dos membros, o pai, foi localizado.
É o primeiro caso do género que o município regista no ano em curso, chegado ao hospital.
Estudos revelam que algumas variedades de mandioca conhecidas pelo seu alto teor de ácido cianídrico, podem ser tóxicas para o homem e até provocar a morte.
A mandioca é parte significativa da dieta alimentar da população no País e actualmente fala-se da amarga, para produção exclusiva de farinha e da doce para consumo em cru do tubérculo e das folhas, a chamada kizaca.