Talatona – Pelo menos 200 profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros e parteiras, participaram hoje, sexta-feira, em Luanda, de um workshop sobre doença hipertensiva e gestação.
O evento, realizado no âmbito da formação contínua dos técnicos enquadrados no Hospital Materno Infantil Azancot de Menezes, insere-se nas estratégias de acções para a redução das mortes maternas no país.
Segundo a directora geral do Hospital Azancot de Menezes, Manuela Mendes, as taxas de hipertensão em Angola são bastantes elevadas e quando as mulheres engravidam a situação piora consideravelmente.
De acordo com a responsável, que falava à imprensa, durante o workshop, para diminuir a incidência da doença, prevenir os riscos e os casos muito graves que venham acontecer, para a mãe e para a criança, é preciso que se mobilize toda a população.
“Dai a pertinência da organização deste evento que engloba os técnicos que estão na linha da frente a tratar de mulheres grávidas no nosso país”, referiu.
Durante o workshop, os profissionais de saúde abordaram temas como ética e comunicação em ginecologia e obstetrícia, interpretação de um electrocardiograma, marcadores bioquímicos de risco da DHEG, entre outros.
Recorde-se que as doenças hipertensivas manifestam-se após a segunda metade da gravidez, junto com a hemorragia e a infecção materna, a chamada tríade mortal da gestação, é a responsável por altas taxas de morbilidade e mortalidade materna.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença específica da gestação está na causa de 10 a 15% dos óbitos no mundo, sendo 99% dos casos ocorrem em países de baixa renda. KAM/MAG.