Benguela – Duzentos e setenta e oito mil e 204 casos de malária foram registados na província de Benguela, de Janeiro a Maio de 2021, menos doze mil e 746 em relação a igual período do ano anterior, soube hoje, segunda-feira, a ANGOP de fonte sanitária.
Em declaração à imprensa, o chefe do departamento de saúde pública do Gabinete Provincial da Saúde, Américo Máquina, disse que neste período foram registados 280 óbitos, menos 30 em relação ao mesmo período de 2020, dos quais 130 foram de crianças menores de cinco anos de idade.
António Máquina fez saber que as crianças menores de cinco anos foram as mais afectadas pela doença, com 86 mil e 876 casos registados, sendo as mais desprotegidas da doença.
Reafirmou que a província de Benguela é endémica em termos de malária, pelo que as autoridades sanitárias e governamentais tudo estão a fazer para combater essa enfermidade.
“As autoridades estão a combater os focos de mosquito, melhorando o saneamento básico. Já o sector da saúde desenvolve programas de busca activa e combate de larvas nas comunidades, usando-se insecticidas e fumigação, de sensibilização das comunidades e distribuição de mosquiteiros”, enfatizou.
Entretanto, embora haja essa diminuição em termos estatísticos globais, a província de Benguela regista nos últimos dias um surto endémico de malária e dengue, e cerca de dois mil pacientes são atendidos com essas enfermidades, diariamente, nas unidades sanitárias.
Segundo declarações recentes do director do Gabinete Provincial da Saúde, Manuel Cabinda, em cada 400 doentes internados, um morre por malária.
O município mais afectado é o do Lobito e, por isso, está a beneficiar de campanhas de fumigação.
A província de Benguela tem uma população estimada em dois milhões 477 mil e 595 habitantes (censo de 2014), distribuída por 10 municípios.