Luanda- O secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, reafirmou, nesta quinta-feira, o compromisso do Executivo de continuar a trabalhar para a redução da mortalidade materna e neonatal.
Franco Mufinda falava na cerimónia de encerramento do seminário de capacitação de parteiras tradicionais da província de Luanda, na área de protecção da saúde da mãe e do recém-nascido a nível da comunidade, com enfoque na redução da mortalidade materno neonatal .
Conforme o secretário de Estado, a redução da mortalidade materna e neonatal é um dos principais desafios e prioridades que o governo leva a cabo de forma multissectorial e com o apoio de parceiros.
Sublinhou que nos últimos anos o sector da saúde aumentou o número de unidades sanitárias e continua a fazer através do PIIM e em parceria com as administrações municipais.
Entre os progressos da saúde, disse, consta a admissão de cerca de 25 mil profissionais em todas as categorias para facilitar o acesso aos cuidados e o treinamento contínuo dos quadros, a aquisição de insumos para analisar as causas da mortalidade materna, que passa por hemorragias, infecções pós-partos, hipertensão gravídica e aborto inseguro.
Segundo Franco Mufinda, de 2020 a 2021 conseguiu-se melhorar os indicadores no que toca aos partos, mortalidade materna e neonatal.
Explicou quue os partos institucionais passaram de 26 para 46 porcento, já a mortalidade materna reduziu de 298 por 100.000 nados vivos para 184.
Quanto a mortalidade neonatal passou de 48 por 1000 nados vivos para 46, menos 2 por 1000 nados vivos .
Dados disponíveis indicam que anualmente 303 mil mulheres morrem em todo mundo durante o parto, 27 milhões de recém nascidos ocorre durante os primeiros 28 dias de vida.
Franco Mufinda destacou, por outro lado, o trabalho das parteiras tradicionais, realçando que as mesmas jogam um papel de elo de ligação entre a comunidade e a unidade sanitária.
Por seu turno a secretaria de Estado para a Acção Social Família e Promoção da Mulher, Elsa Barber considerou a acção formativa fundamental para melhoria e avaliação do progresso no domínio da saúde da mulher e da rapariga.
Realçou que as parteiras tradicionais têm estado a desempenhar um papel preponderante na saúde das mulheres grávidas, e tem permitido a cada instante, o registo de maior número de parturientes nas instituições sanitárias, bem como na procura dos cuidados pré-natal .
Já para a parteira tradicional Josefa Vieira, que exerce a profissão há mais de 10 anos, a formação vai ajudá-la a idênticar os problemas das pacientes, tendo em conta que as mesmas são agentes de mudança de maus comportamentos, hábitos e costumes dentro das comunidades.
Jocosa Vieira fez saber que enfrentam diversas dificuldades e a falta de material de segurança como máquina de medir tensão, luvas, gases entre outros estão na base de alguns trabalhos mal feitos entre os partos.
A Acção formativa que contou com a presença de mais de 60 parteiras profissionais teve a duração de dois dias, sendo que as participantes beneficiaram de kits de trabalhos .