Benguela – O serviço de Tomografia Computarizada (TAC) foi reposto, nesta quarta-feira, no Hospital Geral de Benguela (HGB) com a instalação de um novo equipamento de marca SIEMENS Healthineers, cinco anos depois da avaria registada no aparelho anterior.
A informação foi avançada pelo director do Gabinete Provincial de Saúde de Benguela, António Cabinda, tendo referido que o novo equipamento resulta de um investimento conjunto entre o Governo da Província de Benguela e o Ministério da Saúde, tendo em conta a necessidade imperiosa deste aparelho para o HGB.
“Há exames em que precisamos fazer em tempo recorde para definir a conduta terapêutica e salvar a vida de um determinado paciente e, com esta máquina nova que vai trabalhar 24/24 horas, estamos em condições de dar resposta em tempo oportuno, o que representa um ganho muito grande”, ressaltou.
Frisou que, há aproximadamente seis anos que o HGB não realizava exames de TAC, um exame auxiliar de imagem que define condutas terapêuticas oportunas e o resultado destes exames em tempo oportuno ajudam a definir o prognóstico do paciente e a qualidade de vida posterior.
Afirmou que, com a avaria do equipamento anterior, os pacientes eram obrigados a recorrer às clínicas privadas, onde os preços não são baratos, ou ainda a deslocar-se até ao município do Bocoio, passando pelo Lobito, a única localidade até então com serviços de TAC.
Por seu lado, o director-geral do HGB, Eduardo Kedisobua, considerou “uma grande luta vencida pelo governo da província”, a reinstalação deste novo equipamento no hospital sob sua gestão.
“Como é do vosso conhecimento, desde de 2015 que não contávamos com este meio, mas a partir de agora que a alegria renasceu e o pessoal médico está satisfeito porque já pode encaminhar os pacientes a essa área para realizarem os exames e mais rapidamente analisarem os resultados”, salientou médico cirurgião.
Segundo Eduardo Kedisobua, estes exames são de grande valia para definir a situação dos pacientes que sofram acidentes vasculares cerebrais, traumatismo crânio encefálico ou traumatismo vertebro medular, por permitirem aferir o grau de lesão do paciente.
Outra vantagem apontada tem que ver com a qualidade de imagem que o aparelho oferece, representando uma mais-valia, em termos técnicos.
Quanto aos recursos humanos, afirmou existirem certos técnicos que operavam a máquina anterior, sendo que alguns já passaram à reforma, o que implica o reciclagem de novos especialistas, no quadro do mais recente concurso público do sector.
Na prática, especificou, o TAC em Benguela precisaria de seis técnicos para assegurar a rotatividade das equipas, porém, o hospital tem outras necessidades além destas.