Mbanza Kongo – Trinta e uma mortes maternas foram registadas, de Janeiro a Dezembro de 2020, pelas autoridades sanitárias da província do Zaire, menos quatro ocorrências em comparação ao período homólogo de 2019.
A informação foi revelada este sábado, em Mbanza Kongo, pelo chefe do Departamento Provincial da Saúde Pública no Zaire, Fonseca João Miala, durante o acto de encerramento do seminário de formação de formadores sobre os novos instrumentos de gestão de serviços de saúde materno e infantil.
De acordo com o responsável, durante o período em análise, foram notificados 394 casos de nados mortos (menos 22 em relação ao ano de 2019), num universo de 13 mil e 287 partos realizados em diversas unidades sanitárias da província do Zaire.
Fonseca João Miala disse ainda que, de Janeiro a Dezembro do ano passaado, 14 mil e 983 mulheres em estado de gestação frequentaram as consultas pré-natais em unidades hospitalares da região, menos 350 em relação aos 365 dias do ano de 2019.
Na ocasião, o chefe do Departamento da Saúde Pública na província do Zaire desencorajou o parto domiciliar para se reduzir as mortes maternas e infantis na região.
Por sua vez, a formadora nacional dos cuidados primários da saúde da Direcção Nacional da Saúde Pública, Deolinda Cumandala, destacou três factores que concorrem para a morte materna.
Primeiro apontou as barreiras culturais que fazem com que, no acto do parto, muitas gestantes optem, primeiro, pela assistência tradicional em detrimento da convencional, ao passo que o segundo factor reside em dificuldades de transportação da grávida, da área de residência para as unidades sanitárias.
Como terceiro e último factor, a responsável mencionou a falta de humanização por parte de muitos técnicos de saúde em serviço.
Durante dez dias, os participantes foram munidos de conhecimentos relativos à introdução do caderno materno e infantil, biossegurança, humanização, preenchimento do caderno, prática da linha de crescimento e desenvolvimento da criança, entre outros temas.
Participaram nesta acção formativa, promovida pelo Ministério da Saúde, em parceria com a organização não-governamental norte-americana Usaid, 18 técnicos oriundos dos municípios de Mbanza Kongo, Soyo, Cuimba, Tomboco, Nóqui e Nzeto.