Luena - O crescente fenómeno de abandono de cadáveres na morgue do Hospital Geral do Moxico preocupa a direcção daquela unidade, devido à redução da capacidade de conservação dos corpos por insuficiência de gavetas, soube esta quarta-feira a ANGOP.
Pelo menos, nos últimos dias, a Administração Municipal do Moxico procedeu ao sepultamento de cinco cadáveres abandonados pelos familiares, informou à ANGOP o director geral da unidade, Zadoque Miza.
Sem especificar, o responsável disse que “neste momento a morgue tem ainda corpos abandonados, cujo enterro está previsto para os próximos dias”.
Referiu que a morgue daquela unidade, a maior da província, possui 10 gavetas, quantidade insuficiente em comparação com o nível de procura.
“Nos sentimos constrangidos, uma vez que essa situação limita a capacidade de conservação dos corpos “.
Conforme o gestor, na maioria dos casos, as vítimas são abandonadas nas salas de enfermarias, por familiares vulneráveis que residem em localidades longínquas, desencorajando tais práticas.
O município sede da província do Moxico, com mais de 480 mil habitantes, possui três morgues para a conservação dos cadáveres, nomeadamente no Hospital Geral, Maternidade e Sanatório Provincial, bem como no Hospital Municipal.
Reinaugurado em 2015, o Hospital Geral do Moxico possui mais de 150 camas e atende em média 400 pacientes.
Actualmente, o HGM conta com mais de 500 profissionais, entre médicos, enfermeiros e técnicos de diagnóstico terapêutico. ISAU/TC/YD