Ondjiva - A celebração do 51º aniversário da província do Cunene, a assinalar-se a 10 do corrente mês, iniciou esta quinta-feira, na cidade de Ondjiva, e tem como destaque a realização da Expo-Cunene2021.
Sob o lema ”Cunene resiliente aos efeitos da seca, solidários celebremos os 51 anos”, o programa inscreve ainda a realização de um forúm económico, debate radiofónico sobre a trajetória histórica da província, a gala de eleição da Miss Cunene, festival de gastronomia, feira da saúde, bem como actividades desportivas.
Na abertura, o vice-governador para sector político, social e económico, Apolo Ndinoulenga, disse que os 51 anos da província comemora-se num contexto difícil, marcado pela pandemia da Covid 19, que tem perturbado o normal funcionamento das instituições e a inviabilizar implementação de inúmeros projectos.
A par disso, salientou, juntam-se os fenómenos da seca e da praga de gafanhotos, responsáveis pelo fracasso da presente campanha agrícola, cujas consequências são o empobrecimento das famílias.
Apolo Ndinoulenga realçou que graças ao poder resiliente das populações, a província continua a marcar passos firmes rumo ao desenvolvimento nos vários domínios.
A título de exemplo, salientou a aprovação e consequente execução das obras da construção do hospital geral de Ondjiva, da centralidade de Ekuma e do projecto estruturante das obras do Canal de Água do Cafu, a fim de minimizar os efeitos da seca.
O vice-governador reiterou a vontade de o Governo em continuar empenhado na promoção de acções para propiciar o bem-estar da população.
A província do Cunene, desanexada do então distrito da Huíla, a 10 de Julho de 1970, tem 77.213 quilómetros quadrados e uma faixa fronteiriça com a Namíbia de 460 quilómetros, dos quais 120 correspondem ao troço internacional do rio Cunene, desde as quedas do Monte Negro às do Ruacaná, seguindo para Este, numa extensão de 340 quilómetros, até ao marco-55.
A divisão político-administrativa compreende 273 aldeias, 20 comunas e seis municípios, Cuanhama, Ombadja, Cahama, Namacunde, Cuvelai e Curoca.
Os principais grupos étnico-linguísticos são os ovakwanyama, ovambadya, nyaneka-nkhumbi, mundimba, muhimba, herero, muhakavona e ovakwanghala (bushman), cujas principais actividades são a agricultura, criação de gado, exploração de madeira e pesca artesanal.
A língua oshikwanyama é predominante nos municípios do Kwanhama e Namakunde, enquanto nos de Ombadja, Cuvelai, Kahama e Curoca predominam o oshimbadja, nkhumbi, handa, mundimba, muhimba, herero, muhakavona, cokwe e nganguela.