Huambo – Cento e 52 pessoas morreram e outras 614 contraíram ferimentos graves e ligeiros, em consequência de 647 acidentes de viação ocorridos, este ano, nas estradas da província do Huambo, soube hoje a Angop.
Ao confirmar o facto à imprensa, o chefe do departamento local de Trânsito e Segurança Rodoviária, superintendente-chefe Simões Coelho, disse que em comparação ao igual período anterior, registou-se o aumento número de mortes (14), de feridos (57) e de sinistros (44).
Sem avançar dados estatísticos por municípios, o oficial superior da Polícia Nacional que falava à margem de uma palestra de sensibilização dirigido aos estudantes da Faculdade de Economia da Universidade José Eduardo dos Santos, por ocasião do Dia Mundial das Vítimas da Sinistralidade Rodoviária, que se assinala no terceiro domingo de Novembro.
Apontou o excesso de velocidade, a falta de precaução, a ignorância às regras de trânsito, condução sob efeito do álcool, mau estado técnico de veículos, má travessia de peões e a falta de iluminação, como as principais causas dos acidentes.
O superintendente-chefe Simões Coelho referiu que as autoridades estão preocupadas com o elevado índice de sinistralidade rodoviária e com elevados danos humanos, daí a importância da sensibilização para implementar a cultura de precaução e responsabilidade no ambiente rodoviário.
Apelou os automobilistas e motoqueiros, com realce para os moto-taxistas, conhecidos por “Kupapatas”, a terem uma conduta responsável para se evitar perdas de vidas humanas, pois que a sinistralidade rodoviária constitui a segunda causa de morte na província, depois da Malária, numa altura em que as autoridades estão ainda empenhadas na prevenção e combate à Covid-19.
“Todo aquele que tira a vida humana do seu próximo é um assassino, por isso os automobilistas têm que adoptar um novo comportamento, para evitar mortes nas estradas”, sublinhou.
Já o vice-decano para os assuntos Académicos da Faculdade de Economia da Universidade José Eduardo dos Santos (UJES), Riquelme Graciano Chicomo, destacou a iniciativa da Polícia Nacional em sensibilizar a comunidade estudantil, que tem a responsabilidade de contribuir na moralização da sociedade.