ADRA capacita quadros sobre desenvolvimento comunitário

     Sociedade           
  • Benguela     Segunda, 07 Junho De 2021    15h44  
Carlos Cambuta, Director-Geral de ADRA
Carlos Cambuta, Director-Geral de ADRA
cedida

Benguela – Mais de trinta técnicos afectos à ONG Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA), das províncias de Benguela, Luanda, Huambo e Malanje, participam desde esta segunda-feira num curso sobre desenvolvimento comunitário, soube a ANGOP.

A acção formativa tem como propósito munir os profissionais de conhecimentos que os possibilite responder positivamente aos desafios do actual contexto social, político e económico do país.

Com duração de cinco dias, o curso vai abordar questões como Segurança alimentar das comunidades face aos efeitos da seca, Alternativas face às alterações climáticas e Aplicação de metodologia Gals, que versa sobre questões do género e empoderamento das mulheres nas comunidades.     

Falando no acto de abertura, o director-geral da ADRA, Carlos Cambuta, disse que o actual quadro da segurança alimentar e nutricional no país é preocupante, porque muitas famílias estão sem acesso à alimentação, embora estejam disponíveis no mercado.

No seu entender, o alimento não está acessível porque agravou-se o desemprego no país e devido às dificuldades enfrentadas pelas famílias no acesso aos meios de produção.

Carlos Cambuta frisou que defende a necessidade do executivo atribuir maior importância ao sector agrícola, financiando de forma robusta actividades e acções que possam concorrer para o aumento da produção.

“Estamos a falar da necessidade de implementação da recomendação de Malabo, segundo a qual, os governos devem alocar pelo menos 10 por cento do Orçamento Geral do Estado (OGE) para o sector agrícola e que seja gerido de forma transparente”, realçou.

Para o responsável, sem forte financiamento, gestão adequada e recursos humanos capazes, não é possível assegurar a extensão rural e vai continuar a haver inúmeras dificuldades.

 A ADRA tem estado a trabalhar com camponeses e agricultores familiares em 32 cooperativas agrícolas, com intervenção em 25 municípios nas províncias de Benguela, Cunene, Huambo, Huíla, Malanje e Namibe.

Criada em 1990, a ADRA é uma organização não-governamental que procura contribuir para o desenvolvimento democrático, social e ambiental do país.   





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