Huambo - A Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA) no Huambo colocou em discussão, esta quarta-feira, a temática dos direitos e liberdades fundamentais, com foco na coesão social e na participação do cidadão na vida pública.
Para o evento, a organização não-governamental angolana ADRA envolveu membros do Governo da província do Huambo, entidades religiosas, autoridades tradicionais, representantes de partidos políticos com assento Parlamentar e de movimentos sociais, que abordaram a questão dos direitos do cidadão, na perspectiva do bem-estar comum.
Na ocasião, a directora da ADRA na província do Huambo, Cidália Gomes, defendeu um maior engajamento dos cidadãos no processo de tomada de decisão, para que as politicas públicas concebidas tenham em consideração as principais preocupações da população, dentro dos marcos dos direitos humanos e da inclusão social.
“Apesar das mudanças que vão acontecendo no país depois das eleições de 24 de Agosto último, é importante reconhecer que a participação do cidadão nos planos estratégicos de desenvolvimento, ainda, é tímida, daí a necessidade do empenho permanente na vida pública”, referiu.
A responsável disse ser indispensável a promoção do diálogo permanente, entre governantes e governados, principalmente, nos espaços formais e em fóruns promovidos pelas organizações da sociedade civil, com o objectivo de dinamizar a participação da população na vida pública.
Sublinhou que o cooperativismo e associativismo, enquanto mecanismo de alargamento do diálogo, têm contribuído bastante para o processo de democratização do país e na promoção do desenvolvimento sustentável almejado por todos.
Por sua vez, o administrador adjunto para área Financeira do município do Huambo, Riquelme Graciano Chicomo, enalteceu a iniciativa da ADRA na promoção do debate sobre os direitos e liberdades fundamentais, ao referiu que o evento permitiu o fortalecimento da coesão social e melhorou as relações institucionais.
Afirmou que diálogo constitui o único veículo que conduz a inclusão social e aproxima os cidadãos junto às instituições do Estado.
A importância da participação dos jovens e a inclusão das pessoas com deficiência na vida pública, enquanto garante dos direitos e liberdades fundamentais, assim como a partilha de experiências da participação das Organizações da Sociedade Civil (OSC) no Conselho de Auscultação das Comunidades (CAC) dominaram as discussões da mesa redonda.
A ADRA, criada em 1990, é uma organização não-governamental angolana, vocacionada na promoção do desenvolvimento democrático e sustentável, social, económico e ambiental do país, bem como na reconciliação nacional.