Caála – A organização não-governamental ADRA deu início, terça-feira, no Huambo, ao programa de dinamização das campanhas sobre educação sexual e produtiva, com o objectivo de ajudar a diminuir o impacto da gravidez precoce nas comunidades.
A iniciativa da Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA) visou, igualmente, desencadear um amplo movimento de sensibilização e mobilização das adolescentes e jovens, entre os 13 e 25 anos de idade, para a redução do índice de gravidez e de casamento precoces.
Trata-se de um projecto social, que prevê atingir mil 412 adolescentes das comunidades rurais, principalmente, dos municípios do Bailundo e Caála.
Ao falar à ANGOP, a assistente técnica do projecto da ADRA da província do Huambo, Natália Firmino, disse que o projecto vai contribuir na criação de espaço de diálogo para o reforço do respeito dos direitos humanos e aumentar o conhecimento sobre educação sexual e reprodutiva, na perspectiva de evitar situações de vulnerabilidade da mulher jovem nas comunidades rurais.
Referiu que a iniciativa abrange, numa primeira fase, as comunas da Catata e Cuima (Caála), Hengue e Luvemba (Bailundo), numa parceria com as administrações locais, direcções municipais da saúde, educação, justiça e direitos humanos, para além das igrejas e das autoridades tradicionais.
Disse que o projecto, denominado “Ampliando os direitos, construindo o futuro”, abrange as províncias do Huambo e de Malange, num financiamento da União Europeia avaliado 134 mil 130 Euros nestas duas regiões do país.
Por seu turno, o administrador do município da Caála, Ruben Isaías Etome, prometeu cooperar com a ADRA para a consolidação do projecto de educação sexual e produtiva.
Dados recentes do Hospital municipal da Caála indicam que três dos dez partos realizados, em média diária, resultam de gestações precoces.