Lubango – O Movimento de Apoio aos Portadores de Albinismo (MAPA), na Huíla, apela às autoridades para mais sensibilidade em garantir oportunidades de acesso ao emprego e formação técnico-profissional, para maior inclusão social do grupo.
Em entrevista à ANGOP, o vice-presidente do referido grémio, Alcides Hungulo, por ocasião do Dia Internacional da Conscientização do albinismo (13 de Junho), sublinhou que os albinos enfrentam inúmeras dificuldades no capítulo da empregabilidade, até no Estado.
A respeito das possíveis razões, Alcides disse não saber, mas suspeita que por detrás delas esteja o desconhimento da essência do albinismo e como lidar com essas pessoas, porque muitos empregadores estão mal informados e olham o albinismo como doença.
Destacou, por isso, a necessidade de programas especiais de inclusão, para que os albinos possas trabalhar e estudar livremente, sem descriminação racial ou preconceito.
Referiu que o Movimento, na Huíla, tem vindo a desenvolver uma série de palestras e visitas aos hospitais, escolas e associações juvenis, para que a informação seja cada vez mais fluente e ajude a desmistificar a desinformação.
Outras preocupações por si manifestadas, têm a ver com a aquisição de medicamentos para o tratamento da pele, desde cremes e protectores solares, bem como a realização de consultas de oftalmologia e dermatologia, cujos preços são altos e a maior parte das pessoas afectadas é de baixa renda.
O Dia Internacional da Conscientização do Albinismo foi aprovado em 2014 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, com objectivo de unir esforços contra a marginalização desta franja da população mundial.
Anomalia genética, o albinismo é causado pelo défice de produção de melanina, que faz com que o seu portador tenha a pele, os olhos e os pelos muito claros.
Apesar de não ser considerado uma doença, o albinismo não raro acarreta problemas de saúde para os seus portadores, uma vez que a ausência de pigmentação aumenta a probabilidade de contrair cancro da pele.
O Movimento de Apoio aos Portadores de Albinos (MAPA) na Huíla foi fundado em 2015 e controla actualmente 250 membros.