Ondjiva - A presidente da Associação de Apoio às Pessoas Albinas (ALPA) no Cunene, Andreia Gilberto, defendeu hoje, segunda-feira, o envolvimento de vários segmentos da sociedade na resolução dos problemas dos albinos.
Em declarações à ANGOP, a propósito do 13 de Junho, Dia Mundial da Consciencialização do Albinismo, a responsável informou que a instituição controla 370 albinos, dos quais mais de 70 por cento vivem na condição de vulnerabilidade.
Referiu que a situação de apoio aos albinos não se reflecte apenas na aquisição de cremes e protectores solares, mas também no acesso ao emprego, formação académica e profissional, alimentação, cuidados primários de saúde e outros problemas básicos.
“Há necessidade de a sociedade reflectir mais sobre os problemas sociais que os albinos enfrentam e como devem agir perante esta situação, destacando-se a resiliência e a perseverança, porque, além da vulnerabilidade, existem preconceitos”, ressaltou.
A responsável defendeu que a luta pela consciencialização das pessoas em prol da defesa dos albinos deve começar pelas famílias, escola, igreja, tendo realçado que o que se fala sobre o albinismo não é real e que a falta de melanina na pele os defere de outros seres humanos.
Entretanto, fez saber que, para que sejam melhoradas as condições dos albinos, a ALPA tem trabalhado na aquisição e na distribuição de produtos cosméticos (sobretudo cremes para a protecção da pele), acesso às consultas de dermatologia e oftalmologia.
Disse que limitações resultantes da Covid-19 desaceleraram, em grande medida, estes apoios, mas, com o regresso da vida socioeconómica, poderão ser retomados.
Proclamado pelas Nações Unidas, o Dia Mundial da Consciencialização do Albinismo é celebrado anualmente a 13 de Junho, desde 2015, com vista a erradicar os preconceitos e o estigma de que os albinos são vítimas.