Golungo Alto - Vários anciãos no município do Golungo Alto, província do Cuanza Norte, enalteceram a iniciativa do Executivo angolano em implementar o Programa de Transferências Sociais Monetárias (Kwenda).
Em declarações à ANGOP, os idosos consideraram que o programa está a mitigar algumas carências económicas e sociais que muitas famílias vivem por falta de recursos.
Icemo Mateus José, anciã de 71 anos, considerou que o governo teve boa iniciativa pelo facto de muitas famílias no país viverem sérios problemas de pobreza.
Disse que os 50 mil kwanzas que recebeu vão ajudá-la na aquisição de um colchão para dormir confortavelmente, bem como outros pertences para uso pessoal.
Esperança Afonso, outra anciã de 71 anos de idade, explicou que o dinheiro vai investir na produção agrícola, pagando trabalhadores, em função da sua condição físico, fruto da idade e de longos anos de trabalho.
A idosa augura que o governo continue a apoiar as famílias vulneráveis com bens de primeira necessidade.
João Manuel Ribeiro, de 70 anos de idade, contou que com o dinheiro comprará chapas de zinco para ampliar a sua casa.
Para João Ribeiro, a iniciativa do governo é muito boa particularmente para os deficientes, idosos e órfãos.
Já Maria Domingos Mateus, 56 anos de idade, precisou que a família carece de utensílios domésticos como panelas, pratos e talheres, assim como medicamento para o tratamento da sua mãe que se encontra doente.
Considerou que com as transferências monetárias essas necessidades serão minimizadas
Lourenço Domingos, de 76 anos, espera que o programa seja mais abrangente, porque existem nas comunidades muitas famílias carentes, em virtude do longo período de guerra que o país viveu.
Domingas Francisco Correia, 50 anos, deu conta que com o dinheiro comprará uma botija de gaz, um fogão e meios de produção como catana, enxada e sacho.
Após cerca de três meses de paralisação, o Instituto de Desenvolvimento Local (FAS), retomou, quinta-feira, no município do Golungo-Alto, o processo de pagamento de prestações pecuniárias a famílias vulneráveis, em várias localidades da circunscrição.
O programa reiniciou com a atribuição de apoio financeiro no valor de 51 mil kwanzas a 2.172 agregados familiares, nas comunas de Kiluanje, Cerca e Cambondo, dos 4.511 cadastrados em 2022, no município.
Segundo o director do FAS no Cuanza Norte, Lourenço Matias, na primeira fase, foram assistidos 2.339 agregados na sede municipal do Golungo Alto.
As famílias seleccionadas estão a receber apoio financeiro referente a seis meses, no valor de 8.500 kwanzas por mês, através de cartões multicaixa.
Lourenço Matias informou que o Kwenda vai abranger o maior número de famílias possíveis e que os cidadãos, que não foram cadastrados na primeira fase, serão incluídos posteriormente, desde que se prove a razão da ausência na comunidade na altura do cadastramento e grau de vulnerabilidade.
O programa já cadastrou na província 20.712 famílias em quatro municípios.
Numa primeira fase, estão a ser contempladas famílias vulneráveis dos municípios de Quiculungo, onde 2.246 agregados estão a ser contemplados, Golungo Alto, com 4.511 famílias e Ambaca, 12 mil e 398 famílias.
No município da Banga, 1.747 agregados aguardam as transferências monetárias. EFM/IMA