Luanda - Cerca de 300 angolanos regressados da República Democrática do Congo (RDC) e residentes, há 30 anos, no município de Viana, em Luanda, solicitaram, terça-feira, o apoio da administração para a aquisição de terrenos para auto-construção dirigida.
A solicitação foi feita durante uma visita do administrador municipal, Fernando Manuel, aos cidadãos nacionais que vivem em situação vulnerável, em casebres de chapa, no Campo de trânsito de refugiados da RDC.
Em declarações à imprensa, o coordenador dos regressados, Domingos César, explicou que em cada casa vivem três famílias em condições precárias, sem água potável, energia eléctrica e assistência médico-medicamentosa.
Informou que existe um número considerável de crianças fora do sistema de ensino, por falta de registo de nascimento, e de adultos com dificuldades em obter o Bilhete de Identidade (BI).
Um dos moradores do campo, identificado por Salvador António, realçou que o maior apoio que necessitam consiste na cedência de um espaço e material de construção civil para poderem erguer as suas residências.
No mesmo local também vivem, há 28 anos, deslocados provenientes das províncias do Huambo e Bié, que clamam pelo mesmo apoio.
O administrador Fernando Manuel afirmou que as preocupações serão analisadas em fórum próprio, para que se possa encontrar alguma solução, como a cedência de espaços e entrega de material de construção.
O município de Viana integra os distritos urbanos do Zango, Kikuxi, Estalagem, Vila Flor, Viana Sede, Baia e a comuna de Calumbo.