Ndalatando – Os antigos combatentes e veteranos da pátria na província do Cuanza Norte defenderam, hoje, em Ndalatando, a necessidade de revisão dos subsídios de pensão atribuídos a esta franja, com vista a fazer face ao crescente aumento do custo de vida no país.
Solicitaram também um aumento no fornecimento de kits de produção agrícola e de prestação de serviços, visando a melhoria das suas condições sociais e da renda familiar.
Em declarações à imprensa, a propósito do 4 de Janeiro, Dia da Repressão dos Mártires da Baixa de Kassanje, que hoje se assinala, referiram que o ajustamento das pensões ao custo de vida constitui uma forma de honrar os sacrifícios consentidos.
O antigo combatente Fernando Kacola, considerou insuficiente a pensão de 23 mil kwanzas atribuídos mensalmente.
Referiu que o valor não satisfaz as suas necessidades e da família, situação que os relega à condição de vulnerabilidade.
Já Eugénio Afonso Diogo reconheceu os esforços do governo que visam a reintegração dos antigos combatentes em projectos sociais como agricultura, através da constituição de cooperativas.
Porém, defendeu o incremento desses apoios para o aumento da produção.
Para Bernardo Kaxaba, o Executivo deve incentivar os bancos comerciais a fornecerem micro-créditos aos antigos combatentes, no sentido de fomentar a actividade de pequenos negócios, para aliviar a pressão diária da subida dos preços dos produtos.
Por sua vez, o director do Gabinete Provincial dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria no Cuanza Norte, André Mbenza Eurico, informou que a instituição controla mil e 325 assistidos, entre antigos combates, órfãos e viúvas de antigo combatentes, que recebem regularmente as suas pensões e outros apoios, no quadro das políticas do Executivo, que visam a sua integração social.
Apontou a constituição de cooperativas agrícolas e de prestação de serviço entre as acções implementadas pela instituição para apoiar melhor essa franja.
A 4 de Janeiro de 1961, as autoridades coloniais portuguesas reprimiram cerca de 20 mil camponeses angolanos, naquilo que ficou conhecido como o Massacre da Baixa de Kassanje, território localizado entre as províncias de Malanje e da Lunda Norte.
Assim, o 4 de Janeiro, Dia dos Mártires da Repressão Colonial, foi instituído como data de celebração nacional. EFM/DS/OHA