Artesãos no Lubango com escassez de matéria-prima

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  • Huíla     Domingo, 29 Janeiro De 2023    18h38  
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Exposição de Artesanato
Exposição de Artesanato
Angop
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Artesanato
Artesanato
Joaquim Tomás

Lubango - A escassez de matéria-prima para a produção de artefactos diversos constitui a principal dificuldade dos artesãos para o exercício regular da actividade na cidade do Lubango, província da Huíla.

Em declarações à ANGOP, alguns artistas afirmaram que por causa da carência de materiais, na cidade, são obrigados a encomendar nas províncias como Luanda e Benguela, assim como na República da Namíbia.

A artesã Maria Domingos, que exerce a actividade há cinco anos, tendo como base as missangas, disse que a escassez de material tem influenciado na confecção dos colares e no preço do produto final.

“Faço colares sul africanos, cintos, chinelos, turbantes, brincos, pulseiras de couro entre outros produtos. O preço pode atingir os 25 mil kwanzas cada artefacto, mas se a matéria-prima dos mesmos fossem comprados localmente, seria mesmos 50 por cento do valor actual”, disse.

Manuel Barreia, que também é pintor há nove anos,  manifestou que a falta de matérias de qualidade tem influenciado o crescimento da arte local e quando se trata de uma peça de "boa qualidade", influencia no preço do produto final e o mercado artístico local não compram.

Reforçou que trabalha especificamente com madeira, tintas acrílicas, óleo e materiais reciclados, difíceis de encontrar com boa qualidade na cidade. 

Já o artesão Pascoal Duango “Padu” que exerce a actividade há 30 anos, referiu que apesar das dificuldades em exercer actividade, tem recebido apoio do governo local na exposição e comercialização dos seus trabalhos, que tem como base a madeira.

Sugeriu aos empresários que apostem em lojas específicas de venda de matérias primas para tal arte para assim superarem aos poucos a carência do produto.

Por sua vez, a directora do gabinete municipal do Turismo e Cultura no Lubango Luísa Caputo, afirmou que controlam 20 artesãos que exercem a actividade de forma regular e expõe maioritariamente os seus trabalhos na avenida do rio Mukufi.

“Não é um local que tem muita aderência, nos gostaríamos que houvesse mais, quer produção, quer venda,  mas é aquilo que temos, pois dependemos maioritariamente das efemérides para fazermos a exposição de produtos” disse.

Realçou que as comunas da Arimba, da Huíla e do Hoque produzem mais cestaria e olaria, comercializam na sede municipal do Lubango.

O município do Lubango produz sobretudo peças de cestaria, olaria, madeira, missanga, reciclagem, couro, pele, borracha e pedra que representam untesilagem utilitária, decoração e adornagem, destinados para venda principalmente, uso doméstico e oferta para lembrança.





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