Lobito – A autocensura é um mal que tem condicionado o bom desempenho de alguns profissionais da comunicação social, afirmou hoje, quinta-feira, nesta cidade, o presidente do Clube de Imprensa de Benguela, Edson Santos.
Falando à ANGOP, por ocasião do Dia Internacional do Jornalista, que hoje (8 de Setembro) se comemora, Edson Santos afirmou que os profissionais, de um modo geral, têm sabido desempenhar o seu papel.
Deu como exemplo a cobertura do processo eleitoral, que culminou com o pleito realizado no passado dia 24 de Agosto do corrente ano.
“Os órgãos de informação estiveram sempre nos lugares onde era necessário fazer a cobertura das actividades e acreditamos que fizemos um trabalho acima da média”, realçou o presidente do CIB.
Na mesma senda, referiu que os jornalistas a nível da província de Benguela têm estado a privilegiar o comprometimento com a profissão, apesar das dificuldades que enfrentam.
Os órgãos de comunicação social queixam-se de dificuldades referentes a meios tecnológicos, muitas vezes insuficientes ou obsoletos, falta de transporte e de recursos humanos, para o melhoria no desempenho das suas funções, acrescentou.
Questionado sobre o contraditório, situação em que o jornalista deve ouvir a versão dos diversos intervenientes de um facto, Edson Santos admitiu que alguns profissionais, na ânsia de informar, têm descurado este elemento, muito importante para uma informação que se quer aceitável, imparcial e de qualidade.
Aproveitou para explicar que, também existem fontes que se recusam a dar a sua versão dos factos, situação que dificulta o trabalho dos profissionais.
Referiu-se igualmente sobre certos Centros de Formação de Jornalismo que, na sua opinião, deve-se saber como funcionam e quem são os professores, para se aferir a qualidade que se exige.
Segundo ele, o CIB tem estado a encetar contactos com parceiros, na perspectiva de reforçar os métodos de fiscalização, para que estes centros tenham condições para colocar bons jornalistas no mercado de trabalho..
O dia 8 de Setembro foi instituído como Dia Internacional do Jornalista em homenagem ao profissional checoslovaco Julius Fučík, membro destacado do Partido Comunista daquele país e participante no movimento de resistência durante a ocupação nazi. Foi encarcerado, torturado e assassinado pelos nazis, convertendo-se em mártir e herói.