Lubango - O Serviço de Investigação Criminal da Huíla prendeu um auxiliar de limpeza, de 25 anos, e um enfermeiro, de 28, do hospital central do Lubango “Dr. António Agostinho Neto”, pela prática do crime de interrupção ilegal de gravidez.
A detenção foi feita no sábado, por volta das 12 horas, após denúncia de que um dos suspeitos, namorado de uma jovem de 26 anos, com ajuda do colega forçaram a vítima a interromper a gravidez mediante o uso de um fármaco denominado “Mistruvix”.
A informação foi hoje, segunda-feira, prestada à ANGOP, pelo porta-voz do SIC/Huíla, o inspector Segunda Quitumba, afirmando que a cidadã em causa mantinha uma relação amorosa com o auxiliar de limpeza, que resultou numa gravidez indesejada.
Citando trechos do depoimento dos suspeitos, o porta-voz disse que “insatisfeito com a notícia”, o mesmo entrou em contacto com seu colega enfermeiro, que comprou o medicamento e ministrou à cidadã, resultando em “intensa” hemorragia vaginal, que a levou a internamento em estado crítico na maternidade “Irene Neto”.
“Vale salientar que a responsabilidade criminal nos casos de interrupção de gravidez é imputada, tanto àqueles que auxiliaram no crime, assim como à própria mulher, se for confirmado o seu consentimento”, afirmou o porta-voz.
As estatísticas de maternidade do Lubango indicam que semanalmente dão entrada nas urgências entre seis a oito casos de complicações de tentativas mal sucedidas de aborto clandestino, afectando sobretudo mulheres entre os 14 aos 40 anos. MS