Catumbela – Com 120 camas, o novo hospital municipal da Baía-Farta, na província de Benguela, pode entrar em funcionamento nos próximos dias, 10 anos depois do início das obras.
Com a abertura da nova unidade hospitala, prevista para breve, as autoridades sanitárias aumentam de 45 para 120 o número de leitos para o internamento dos doentes no município, onde os utentes são atendidos, actualmente, em instalações provisórias.
Orçadas em 721 milhões de kwanzas, as obras de construção da infra-estrutura iniciaram em 2011, numa área de 47 mil e 491.90 metros quadrados, à entrada do município da Baía-Farta, mas sofreram atrasos e alterações.
A nova unidade hospitalar da Baía-Farta integra, entre outros, serviços de pediatria, estomatologia, ginecologia-obstetrícia, medicina geral, consultórios, laboratórios, salas de partos, espera, emergência, primeiros socorros, cuidados intensivos, radiologia, dois blocos operatórios e uma farmácia.
O hospital, no qual vão trabalhar 120 profissionais de saúde, dos quais 10 médicos, também conta com área de consultas externas, ortopedia, morgue com nove gavetas, posto de transformação de energia eléctrica e sistema de abastecimento de água já ligados à rede pública, além de vedação.
Em declarações à ANGOP, o director municipal da Saúde na Baía-Farta, Artur Domingos, fala em evolução, pois a localidade terá, pela primeira vez, serviços de imagiologia, exame complementar de diagnóstico TAC (Tomografia Axial Computorizada), consultas externas com vários gabinetes médicos e valências.
A fonte diz que o hospital da Baía-Farta ainda funciona provisoriamente nas instalações do centro materno-infantil, o que dificulta o atendimento dos utentes.
Conforme o responsável, a nova unidade irá melhorar a qualidade dos serviços prestados na circunscrição e desafogar a afluência de pacientes no Hospital Geral de Benguela.
“Vamos encontrar nesta unidade aquilo que durante muitos anos a Baía Farta não teve: um hospital moderno(…)”, enfatizou, apontando que o desafio é o treinamento dos profissionais, já que irão lidar com novos serviços, como é o caso dos cuidados intensivos, banco de sangue e TAC.
A execução da obra havia paralisado em 2015 devido aos constrangimentos de ordem financeira decorrentes da crise económica.
Aproximadamente 200 pessoas, entre nacionais e expatriados, estiveram envolvidas nos trabalhos de execução, agora em fase de apetrechamento, para que o hospital possa funcionar com normalidade, após a sua inauguração.