Bailundo – O município do Bailundo, província do Huambo, conta a partir de hoje, quinta-feira, com energia do sistema interligado à barragem de Laúca, em Malange, depois da inauguração da subestação eléctrica local, para beneficiar oito mil famílias.
O empreendimento, inaugurado pelo ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, acompanhado pela governadora da província do Huambo, Lotti Nolika, e do homólogo do das Obras Públicas e Ordenamento do Território, Manuel Tavares de Almeida, tem uma capacidade de 20 megawatts.
A subestação eléctrica vai atender, para além das cinco mil famílias da vila municipal e arredores, as três mil da centralidade Halavala, o sistema de captação e tratamento de água, a rede de iluminação pública e outros.
O empreendimento, cujas obras iniciaram em Março de 2021, possui 214 postes de linha de transporte de energia de alta tensão, a partir da subestação do Belém do Dango, zona periferia da cidade do Huambo, numa extensão de 100 quilómetros.
A subestação possui ainda seis Postos de Transformação (PT) de energia de baixa tensão.
A governadora Lotti Nolika disse que a interligação do Bailundo à barragem de Laúca, depois dos municípios do Huambo e da Caála, para além da vila comunal da Calenga, vai impactar o crescimento socioeconómico da região e, consequentemente, o bem-estar da população.
Considerou que a subestação do Bailundo representam, a par da centralidade Halavala, um ganho substancial do ponto de vista da promoção do crescimento socioeconómico e na melhoria das condições de vida das famílias.
Trata-se, segundo a governante, de um projecto de importância capital, pois, para além do Bailundo, vai facilitar a interligação dos sistemas eléctricos dos municípios do Londuimbali e do Mungo.
Sobre a centralidade, disse ser um imponente empreendimento que, para além de resolver o problema da casa própria, vai propiciar melhores condições de habitabilidade aos jovens locais.
Entretanto, alguns munícipes enalteceram a estratégia do Executivo na electrificação do Bailundo, uma vez que a entrada em funcionamento da subestação vai, para além de promover o crescimento socioeconómico, contribuir directamente para o bem-estar das famílias.
“É uma satisfação enorme ver o Bailundo mais iluminado, por isso, espero que sejamos exemplos na preservação deste bem público, para nunca mais voltemos a usar luz de geradores”, disse a munícipe Serafina Mande.
Anteriormente, a distribuição de energia eléctrica no Bailundo, marcada com inúmeras restrições, era a base de central térmica e de forma faseada (dia sim/dia não).
Com a entrada em funcionamento da subestação, o município do Bailundo, torna-se no terceiro dos 11 que compõe esta região do Planalto Central a beneficiar de energia eléctrica do sistema interligado à barragem de Laúca, depois do Huambo e Caála, para além da comuna da Calenga.
O município do Bailundo, com uma extensão de sete mil e 65 quilómetros quadrados, possui uma população estimada em 372 mil habitantes, segundo dados recentes do Instituto Nacional de Estatística.
A municipalidade, cuja sede está localizada 75 quilómetros a Norte da cidade do Huambo, conta com 70 povoações comerciais e 568 bairros e aldeias que compreendem as cinco comunas: Bimbe, Hengue, Lunje, Luvemba e a Vila municipal.