Caxito - O delegado provincial do Ministério do Interior no Bengo, comissário Delfim Inácio Calulo, reiterou neste sábado, em Caxito, a humanização do trabalho prestado à população penal, com vista a sua reintegração em trabalhos socialmente úteis.
Delfim Calulo, que falava no acto alusivo ao 42º aniversário dos Serviços Penitenciários, apelou aos efectivos no sentido de exercerem as suas actividades no limite da lei.
Na ocasião, o director da penitenciária do Caboxa, subcomissário prisional Manuel Maria Tavares Culeca, defendeu a necessidade da aplicação de políticas de reinserção social dos reclusos internados no estabelecimento prisional, com vista ao cumprimento das normas que orientam a ocupação dos tempos livres, dando-lhes ferramentas necessárias para a sua reintegração na sociedade, depois de cumprirem as suas penas.
Na província do Uíge, os serviços penitenciários vão apostar na formação académica e técnico-profissional dos reclusos, com vista a torná-los “homens novos”, depois do cumprimento da pena.
Segundo o delegado provincial do Interior, Monteiro dos Santos, no ano lectivo 2020/2021 foram matriculados 105 reclusos dos 20 aos 35 anos de idade, subdivididos em três salas de aula.
Entretanto, na província da Lunda Norte, o delegado do Interior, Alfredo Quintino “Nilo”, orientou a direcção dos Serviços Prisionais no sentido de criarem condições para a entrada em funcionamento da escola de artes e ofícios, construída no estabelecimento prisional da Cacanda, em 2020, para a formação profissional dos reclusos, no âmbito do programa de reintegração social desta franja.
O também comandante provincial da Polícia Nacional avançou que o centro aguarda apenas pelo seu apetrechamento para entrar em funcionamento.
Por seu turno, o director dos Serviços Prisionais, José Lucala, defendeu a construção de um estabelecimento prisional no município do Cuango, para desafogar a cadeia da Cacanda que regista uma superlotação de 165 reclusos.
Actualmente encontram-se albergados, na condição de detidos e condenados, 645 reclusos, ultrapassando a capacidade da cadeia.
Na ocasião, o responsável justificou que a construção de um estabelecimento prisional no Cuango vai contribuir no combate à superlotação, porque albergará reclusos dos municípios do Cuilo, Caungula, Xá-muteba, Capenda Camulemba e Lubalo.
“A existência de um estabelecimento prisional vai tornar céleres os processos crimes nos municípios da região sul da província e evitar excessos de prisões preventivas, uma vez que o município conta com um Tribunal de Comarca, que deverá entrar em funcionamento ainda este ano”, salientou.
No quadro de reintegração social da população penal, fez saber que 294 reclusos estão enquadrados, desde 2020, em diversas actividades, com realce para a agricultura e programas de alfabetização.