Cuito - Dois milhões, 249 mil e 544 metros quadrados foram clarificados na província do Bié em 2020, mais um milhão 894 mil e 88 metros quadrados em relação ao período anterior, soube hoje a ANGOP.
Durante este período registou-se quatro acidentes de minas, que resultaram em três vítimas mortais. Já em 2019, houve dez acidentes, igual número de mortes e 23 feridos.
A informação foi prestada na cidade do Cuito, pelo oficial de informação e ligação da Comissão Nacional Interministerial de Desminagem e Assistência Humanitária (CNIDAH), no Bié, Ismael Brito, quando analisava as actividades desenvolvidas pelas operadoras de desminagens.
Ismael Brito disse que das áreas limpas de minas e outros engenhos explosivos destaca-se as bermas sobre o rio Cuquema, situado na comuna de Cambândua, dos troços rodoviários que ligam a sede do Cuito à comuna da Cambândua, e que ligam os municípios do Cunhinga e Andulo, a reserva fundiária da cidade do Cuito, pólo industrial da comuna do Cunje (Cuito), uma zona para a construção de 500 residências do Andulo, entre outras.
O responsável sublinhou que, no mesmo período, foram removidos e destruídos 116 minas anti-pessoais, 36 anti-tanques, três mil e 708 engenhos explosivos não detonados, assim como sete mil e 473 munições diversas.
Referiu que a desactivação de minas e de engenhos explosivos não detonados possibilitou o aumento da livre circulação de pessoas e bens, bem como o aumento das áreas de produção agrícola.
Participaram neste processo de desminagem o Instituto Nacional de Desminagem (INAD), Forças Armadas Angolanas, Brigadas de Desminagem da Casa de Segurança do Presidente da República e a ONG britânica The HALO Trust.