Cabinda – Localizado em plena floresta do Maiombe, com uma superfície de mil 115 quilómetros quadrados e uma população estimada em mais de 33 mil habitantes, o município de Buco-Zau possui diversos recursos naturais que o tornam numa das maiores reservas mundiais com floresta virgem.
Com duas comunas, Necuto e Nhuca, é um dos quatro municípios da província mais ao norte de Angola, que conta com uma biodiversidade de espécies raras, como o chimpanzé, o papagaio azul, o elefante e o gorila do Maiombe.
É no Buco-Zau onde se encontram as espécies da madeira mais cara do mundo como a kambala, pau-preto, longuilongui, undianuno, livuite, tola branca, pau-rosa, entre outros.
O ouro, asfalto as terras aráveis que têm permitido a produção do café, cacau, mandioca, banana, bata doce, inhame, amendoim e óleo de palmeira fazem deste município uma potência económica do enclave depois do petróleo e gás.
Oscar Dilo, administrador municipal, admite que o município está a ganhar outra dinâmica de desenvolvimento nos vários sectores da vida sócio económica e política.
Obras sociais
O destaque recai para a inauguração do Tribunal de Comarca, a primeira obra no âmbito do PIIM na província.
O plano incliu ainda 300 casas sociais de tipo T3 e T4 para responder a demanada em termos de procura habitacional, iluminação pública, o melhoramento das vias de acesso na sede municipal.
A vila de Buco-Zau foi, recentemente, reforçada em termos de energia eléctrica a partir da Central Térmica de Malembo, município de Cabinda, melhorando, substancialmente, a oferta deste bem as populações locais.
O sistema de captação e distribuição de água conheceu níveis acentuados de melhorias na sede de Buco-Zau, enquanto o hospital regional Alzira da Fonseca, uma unidade de referência reabilitada, ampliada e equipada tem oferecido melhores serviços de saúde as populações, para além do hospital municipal.
No sector da educação existe um instituto médio politécnico, para além de escolas primárias e do primeiro ciclo.
Na agricultura, está o povoamento e repovoamento do palmar, cacau e café como principais apostas do sector tendo em conta a fertilidade das terras da região.
As frondosas árvores ao longo do troço Nhunca a sede municipal e a biodiversidade de espécies fazem de Buco-Zau um dos maiores locais atractivos turísticos da região.
Dividido ao meio pelo rio Luali, a pesca, agricultura e caça são as principais actividades das comunidades locais, que têm como idioma o kiombe.
Para Oscar Dilo, as festas dos 64 anos serão comemoradas com o lançamento do Projecto – As Mil e Um Ideias-Repensar Buco-Zau, bem como a realização de uma palestra sobre o tema "Buco Zau a Sede do Parque Nacional Maiombe".