Lubango - A educação na primeira infância, o incentivo à agricultura familiar e a integração de líderes SAN nas autoridades tradicionais constam das acções da administração municipal da Cacula, na Huíla, para inclusão social desse grupo minoritário.
Os SAN, vulgaremente chamados de “Khoisan”, são povos indígenas, essencialmente caçadores e colectores, que habitam a região da África Austral, da qual Angola faz parte.
Foram os primeiros habitantes do País, mas com a expansão dos Bantu, vindos do norte, foram forçados a recuar para o sul, onde residem actualmente em pequenos grupos.
A informação foi prestada hoje, segunda-feira, à ANGOP, pelo administrador municipal-adjunto para os serviços técnicos e infra-estruturas e serviços comunitários, Custódio Satiaca, realçando que as acções são desenvolvidas há mais de cinco anos nas localidades de Mawengue, Mapili, Vicala e Viti Vivali.
O objectivo, segundo o administrador-adjunto, é reduzir as dificuldades enfrentadas por esses grupos minoritários, que que a nível do município são 700 pessoas.
Destacou como principais problemas dessa minoria étnica as questões ligadas a alimentação, habitação e auto-exclusão, situação que tem sido minimizada com a colaboração de parceiros, como a Organização Cristã de Apoio às Comunidades (OCADEC), na implementação de programas de inclusão.
O município da Cacula tem uma extensão territorial de três mil 439 quilómetros quadrados, com uma população estimada em 169 mil 473 habitantes.
Ao todo a província da Huíla controla duas mil 584 pessoas pertencentes a comunidade SAN espalhadas pelos municípios da Cacula (700), Matala (566), Jamba (444), Quipungo (416), Chibia (288), Cuvango (86) e Lubango (84).