Benguela – Um total de 147 crianças e jovens da Casa do Gaiato, na província de Benguela, beneficiou, de donativo com bens de primeira necessidade, num gesto solidário dos trabalhadores do Porto do Lobito.
Fruto de uma campanha de recolha de bens levada a cabo pelos trabalhadores da empresa portuária, o donativo visa acudir as dificuldades da Casa do Gaiato, uma instituição vocacionada ao acolhimento, assistência, integração e à protecção da criança pobre e abandonada na comunidade.
Trata-se, na sua maioria, de bens alimentares, como fuba de milho, arroz, açúcar, farinha de trigo, óleo vegetal, massa alimentar, feijão, coxas de frango, peixe carapau e ervilha, entregues pelo presidente do Conselho de Administração do Porto do Lobito, Celso Rosas, ao director da Casa do Gaiato, o padre Arnaldo Joaquim.
Os portuários ainda levaram à Casa do Gaiato enlatados de salsicha e sardinha, assim como bolachas, leite, sumo, água mineral, roupa, material de higiene, entre outros bens essenciais.
Intervindo na ocasião, o presidente do Conselho de Administração do Porto do Lobito, Celso Rosas, salientou que a doação é a expressão da solidariedade, admiração e amor dos trabalhadores da empresa para com as crianças e jovens da Casa do Gaiato.
Celso Rosas deu a conhecer que a actividade marcou o encerramento do programa dos 95 anos da empresa, assinalados a 24 de Março, no âmbito da responsabilidade social do Porto do Lobito.
“Vimos trazer para os jovens e crianças - futuro do país - a nossa solidariedade e a nossa mensgaem de encorajamento e de amor”, sublinhou, lembrando que cada funcionário deu um pouco do que tinha, seja alimentos ou roupas.
Encarando a Casa do Gaiato como um “local abençoado por Deus por acolher muitas crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social, Celso Rosas reconheceu que a Igreja (Católica) tem estado a fazer um bom trabalho em prol do futuro do país.
Por isso, defendeu que é necessário mais apoios à Casa do Gaiato, ao mesmo tempo que garante que o Porto do Lobito vai continuar a praticar gestos como estes para outros lares que precisam de amor.
Dirigindo-se às crianças, com quem antes havia pousado numa fotografia de família, o PCA do Porto do Lobito fez questão de ressaltar que alguns trabalhadores da empresa também passaram pelo Gaiato.
Daí ter apelado a que aproveitem da melhor maneira a oportunidade que a Casa do Gaiato lhes dá, “para se tornarem homens disciplinados e organizados e quiçá futuros trabalhadores do porto”.
Por sua vez, o padre Arnaldo Joaquim, director do centro, agradeceu o acto de beneficência do Porto do Lobito, que encoraja este projecto educativo que visa promover e integrar as crianças como futuro da nação.
Além das dificuldades de alimentação e material escolar, o padre Arnaldo Joaquim diz estar seriamente preocupado com a integração dos jovens do Gaiato no mercado de trabalho. JH/CRB