Huambo - As centrais sindicais da província do Huambo defenderam, esta sexta-feira, maior aposta no diálogo com o governo, para evitar uma possível greve na função pública, passados dois meses desde a apresentação do caderno reivindicativo.
O caderno reivindicativo dos trabalhadores da função pública foi apresentado ao governo em Setembro último, numa acção conjunta, entre a União Nacional dos Trabalhadores Angolanos - Confederação Sindical (UNTA-CS), Central Geral de Sindicatos e Livres de Angola (CGSILA) e a Força Sindical.
O posicionamento foi tornado público pelo membro do conselho nacional da UNTA-CS, Mendes de Almeida, quando falava na plenária das centrais sindicais, que deliberou uma eventual paralisação da função pública, a partir de 5 de Dezembro, em todo o país.
Disse ser fundamental que as autoridades governamentais estejam mais abertas ao diálogo, pois “não se consegue perceber que dois meses depois da apresentação do caderno reivindicativo ainda não se tenha nenhuma resposta”.
Entre os pontos do caderno reivindicativo, indicou, a revisão e a definição do salário mínimo nacional no valor de 240 mil Kwanzas, assim como o desagravamento do Imposto de Rendimento do Trabalho (IRT) na ordem do 10 por cento, para se recuperar o poder de compras dos funcionários.
Conforme o sindicalista, caso o governo se recuse em responder as solicitações do caderno reivindicativo, os trabalhadores partirão para uma greve geral, com o objectivo de forçar a negociação e encontrar soluções de melhoramento dos salários da função pública.
Disse que as centrais sindicais estão unidas e caso se efectue uma greve por falta de consenso com o governo, ela envolverá a função pública de todo país.
Neste encontro, participaram representantes sindicais dos 11 municípios da província do Huambo, com intuito de avaliar a capacidade organizativa. LT/ALH