Caxito – Oitenta e cinco por cento das moradias da centralidade do Capari, na província do Bengo, foram já comercializadas, anunciou, esta sexta-feira, em Caxito, o presidente do conselho de administração do Fundo de Fomento Habitacional, Hermenegildo Gaspar.
Nesta altura existem 650 habitações desabitadas, disse à imprensa o responsável, quando procedia a recepção do bloco 8, com 498 apartamentos, vandalizado nos últimos três anos, cujas obras de reabilitação tiveram a duração de nove meses.
Durante a visita à centralidade, o responsável anunciou também o início da comercialização das moradias para dentro de 20 dias, esperando que até Julho o processo esteja concluído.
Para evitar nova vandalização, é necessária que a entrega das habitações decorra no mais curto espaço de tempo.
Apelou aos detentores de moradias nas várias centralidades do país a liquidarem as suas contas, pois é da proveniência das rendas que o fundo pretende concluir outras centralidades.
“O fundo tem a responsabilidade de concluir as centralidades de Malanje, Saurimo, Ndalatando, Mbanza Kongo, as obras de infra-estruturas externas da centralidade do Lubango e do Lobito. Não recebemos recursos do tesouro, as rendas recebidas são canalizadas para realizar estas obras”, sublinhou.
Na ocasião, a governadora provincial do Bengo, Mara Quiosa, considerou que o esforço financeiro feito para reabilitar o bloco 8 poderia ter sido canalizado para outros projectos, pelo que, pediu à população para evitar a vandalização dos bens públicos.
Desenvolvida numa área total de 90,5 hectares, a Centralidade do Capari foi concebida para 4 mil fogos, prevendo albergar uma população estimada em 24.000 habitantes.
Comporta onze blocos, com apartamentos do tipo T3, com duas variantes (A e B), em edifícios de dois pisos cada.