Lubango – O governo da Huíla reabilitou e equipou uma antiga estrutura afecta ao centro de acolhimento “Casa Mãe” e atribuiu a designação de “Centro Dia” para acolher, alimentar e ensinar ofícios a 150 crianças de e na rua, que deambulam pela cidade do Lubango pedindo esmolas.
Trata-se de um local onde os petizes dos três aos treze anos de idade, que hoje enchem portas de estabelecimentos comercias, vão aprender a manusear instrumentos musicais, teatro, desporto, informática e agricultura em hortas comunitárias já preparadas, assim como participarão de sessões de Circulo de Interesse.
Segundo a vice-governadora da Huíla para o sector social e económico, Maria João Chipalavela, que apresentou, hoje, quinta-feira, as instalações aos jornalistas, cem crianças já estão cadastradas para fazerem parte do Centro Dia.
Informou que a estrutura, que está no processo final de apetrechamento, conta igualmente com uma sala de atendimento psico-social, uma horta e cozinha comunitária, bem como um campo multiusos para actividades desportivas e reserva a componente de educação ambiental.
Para ela, o problemática de crianças de e na rua é antiga, por isso, o Instituto Nacional da Criança (INAC) está a formar activistas em matérias de direitos dos petizes, forma de comunicação e interpelação dos menores na rua e modelos de trabalho com eles.
“A ideia é que quando cadastrar-se a criança, identificar também à família para que depois no âmbito do trabalho de protecção social, o assistente possa saber a condição e situação das famílias”, continuou.
Declarou que no centro, o objectivo é colocar as crianças em actividade, enquanto umas aprendem música, outras farão teatro, recuperação das aprendizagens e prática na horta comunitária.
Referiu que pretendem criar o centro em todos os municípios da província, com o intuito de não deixá-las nas ruas, estudando modelos e formas de ter os menores ocupados, dar alguma alimentação e acompanhamento escolar.
No Centro Dia do Lubango, segundo a vice-governadora, as crianças só vão passar o dia e a cozinha vai servir três refeições, sendo que depois das actividades regressarão aos seus lares, para regressar no dia seguinte.
Informou que o projecto vai ser sustentado pelos “bem feitores”, aqueles que forneceram apoio para que a estrutura pudesse erguer-se, pessoas que têm fundos e compartilharam, como também estão a olhar para um processo de apadrinhamento da estrutura.
A sua inauguração acontece nos próximos dias, altura em que entrará em funcionamento.