Lubango - Sete famílias de que viram expropriadas as suas terras no perímetro da estação ferroviária da comuna da Arimba, no município do Lubango, pelo Caminho de Ferro de Moçâmedes (CFM), em 2007, foram nesta quinta-feira compensadas com um global de 165 milhões de kwanzas e dois empregos a cada, pela Empresa Pública.
Em causa estavam 523 mil metros quadrados, pertencentes a oito famílias de um total de 80 pessoas, uma delas já recebeu a indemnização em 2010, as outras só agora foram compensadas, dadas dificuldades nas negociações.
A luta culminou com a assinatura de acordos celebrados entre as partes, em acto testemunhado pelo cartório notarial da Huíla.
Em declarações à Imprensa, o Presidente do Conselho de Administração (PCA) do Caminho de Ferros de Moçâmedes, António Coelho da Cruz, afirmou que hoje deixam de ter uma preocupação que era tanto do Governo provincial, como do Ministério dos Transportes.
Admitiu que as famílias receberam o que era de direito, em função do anos aguardados e a empresa vinha trabalhando e como são todas camponesas, com a compensação, vão agora virar as suas vidas para o campo, nos terrenos que hão de comprar, criando também progresso económico para o sustento das suas família.
“Nós ainda como garantias, oferecemos para além dos valores monetários, dois empregos para uma das famílias, para que os seus filhos venham trabalhar com o CFM nas áreas técnicas. Portanto, vão ser a continuidade do progresso dessas famílias”, aludiu
Destacou que a nos últimos seis meses aquando a sua tomada de posse, soube da situação, por isso convocou as famílias para um encontro e a partir daí foram fazendo a negociação, que não foi muito difícil, porque as pessoas são afáveis e saíram todos satisfeitos.
Segundo o PCA do CFM, o local onde foram expropriadas essas famílias, hoje uma parte é utilizada como plataforma para o carregamento dos blocos de granito e a sua expansão vai continuar a crescer, pois o espaço reúne condições.
Sublinhou que associado ao crescimento, estão numa fase de negociação com uma empresa privada para passar a usar estes espaços também, para a acomodação da madeira proveniente da província do Cuando Cubando.
Por sua vez, António Segunda Caluwele, um dos contemplados, realçou que foram 15 anos de muita luta e a esperar que essa data chegasse e vissem ressarcidos os seus direitos e agradecem o posicionamento do novo PCA em dar por fim o longo período de negociações, com a assinatura deste acordo.
Entretanto, Teresa Maheque, outra contemplada, disse estar muito feliz, vai procurar um terreno para construir, cultivar e ajudar na formação dos filhos. BP/MS