Malanje- Um projecto de informação toxicológica sobre praguicidas de uso frequente, foi lançado hoje, terça-feira, no mercado informal da Xawande, nesta cidade, pelo Centro de Investigação e Informação de Medicamentos e Toxicologia (CIMETOX).
O projecto visa identificar os produtos agro-tóxicos agentes de processos físicos, químicos ou biológicos usados nos sectores de produção, proporcionar informações toxicológicas aos profissionais e instituições de saúde, bem como prestar assistência as pessoas intoxicadas e expostas a intoxicação.
O projecto funciona através de um Software que contém informações especializadas sobre as características, toxicidade e os efeitos das praguicidas para a saúde humana e para o meio ambiente, a fim de se evitar situações anómalas com o uso dessas substâncias químicas.
Na ocasião, o chefe de Departamento de Investigação Científica e Inovação da Faculdade de Medicina de Malanje, Gilberto Francisco Panzo, disse que essa iniciativa, será extensiva aos demais mercados informais de Malanje, por serem locais de venda, armazenamento e uso frequente de praguicidas, no sentido de elucidar os vendedores e compradores sobre os cuidados a se ter com as mesmas.
Fez saber que, a par disso, destina-se igualmente a dar respostas rápidas aos eventuais casos de intoxicação por acidentes, para além de identificar os produtos agro-tóxicos comercializados nos referidos mercados, cujos vendedores desconhecem a sua toxidade.
“Com a criação deste projecto, os vendedores dos mercados informais da província de Malanje poderão estar informados sobre a origem, fabricação, toxidade e embalagem dos produtos, para permitir uma venda segura”, frisou.
Sem prazo previsto de execução, o projecto terá envolvimento de especialistas angolanos e cubanos das áreas de toxicologia e contará com apoios da Companhia de Bio-combustíveis de Angola (Biocom) nas questões laboratoriais e outras.
O CIMETOX, mentor da iniciativa, é uma instituição afecta à Faculdade de Medicina de Malanje da Universidade Rainha Njinga a Mbande (URNM), que existe desde 2011, com o objectivo de investigar e prevenir acidentes por intoxicações, através de produtos químicos e mordeduras por animais peçonhentos e envenenamento, entre outras funções.
O Centro é único do país e o 13º do continente Africano vocacionado a tratamento de casos de intoxicação.