Lubango - A circular do Lubango vai garantir segurança ao tráfego comercial pesado de veículos entre as províncias de Benguela, Huíla, Cunene, Huambo, Cuando Cubango e Namibe, considerou o ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, Carlos Santos.
A circular externa da cidade do Lubango, província da Huíla, vai permitir uma ligação privilegiada com as províncias do Cunene, Benguela, Huambo, através das Estradas Nacionais (EN) 105, 280 e 354, e ainda com as do Cuando Cubango, através da EN 280, e Namibe, pela EN 280-02.
O ministro, que fazia a apresentação da infra-estrutura ao Presidente da República, João Lourenço, quarta-feira, afirmou que por ser uma via de elevada exigência, dado o fluxo de veículos pesados previsto, a obra será executada com recurso a uma estrutura de pavimento nobre.
Explicou que vai ter duas camadas de 20 centímetros, sub-base e base, duas camadas de betuminoso e uma de regularização de seis centímetros, outra de desgaste com cinco centímetros, totalizando uma estrutura de pavimento com meio metro de espessura.
Realçou que a via vai aliviar e preservar a malha rodoviária do casco urbano da cidade do Lubango, recentemente reabilitada, facilitando a mobilidade interna e reduzindo os acidentes rodoviários.
De acordo com Carlos Santos, a circular vai assegurar uma melhor ligação entre as áreas de crescimento urbano, preconizado nas reservas fundiárias da Eywa e Qulemba, onde já está erguida uma centralidade habitacional com mais de oito mil residências e outras construções sociais e económicas.
"Vai trazer ainda a possiblidade de preservação da faixa de domínio público, assim como delimitar a zona de protecção com desenvolvimento urbano de baixa densidade", explicou.
O ministro destacou igualmente o aumento da capacidade de escoamento da produção desta zona e, consequentemente, a participação no crescimento da economia nacional e regional, bem como outras vantagens da infra-estrutura, após a sua conclusão.
Lembrou que a circular enquadra-se no âmbito das recomendações do Plano Director Municpal da cidade do Lubango, tendo em conta o crescimento urbano actual e previsto para a cidade num horizonte temporal mínimo de 25 anos.
A construção circular externa da cidade do Lubango situa-se no cruzamento da estada de acesso à província do Cunene e termina no cruzamento com a estrada Lubango-Namibe, via município da Bibala.
A obra prevê a execução de uma plataforma com uma largura variável entre 19 e 24 metros, constituída por duas faixas de rodagens e uma berma em cada sentido.
Prevê a execução de um separador central, a construção de seis pontes nos pontos de cruzamentos com os rios e linhas de água, um viaduto no cruzamento com o Caminho de Ferro de Mocâmedes.
Também prevê a execução de passagens hidráulicas, drenagem longitudinal, protecção metálica, tratamento dos taludes, dos retornos e rotundas nas zonas de cruzamento com outras vias, assim como a sinalização horizontal, vertical e iluminação pública.
Até agora, a obra proporcionou perto de 500 postos de trabalho directos e indirectos, prevendo-se que no pico da mesma evolua para um máximo de até mil empregos.
A obra tem um grau de execução física de 28 por cento e a sua conclusão está prevista para Novembro de 2024, tendo por base os esforços em cursos com o Ministério das Finanças para assegurar as fontes de financiamento.
Melhoria das vias
O ministro Carlos Santos destacou o apoio do Presidente da República para acções em curso no sector, na busca das melhores soluções técnicas e financeiras para inverter o actual quadro de degradação da estrada Benguela/Lubango, numa extensão de 350 quilómetros, sendo mais crítico o troço entre a ponte do rio Cutembo, Quilengues, Cacula e desvio da Matala.
Referiu ainda o empenho do Executivo para a retoma e conclusão dos trabalhos de ligação do troço Cacula/Caluquembe/Caconda/Cusse, ligando facilmente a província do Huambo.
A construção da segunda fase das infra-estruturas integradas do Lubango, centrada na requalificação dos bairros da cidade por meios da construção e reabilitação de vias periféricas e urbanas, numa extensão de 90,4 quilómetros também mencionada pelo ministro. EM/AL