Malanje- Sessenta milhões de kwanzas é o valor que clientes particulares, instituições públicas e comerciais devem à Empresa de Água e Saneamento de Malanje (EASM), informou hoje, sexta-feira, o seu Presidente do Conselho de Administração, Carlos Muhongo.
Disse que a dívida já se arrasta há mais de 10 anos, o que tem forçado a EASM a efectuar cortes e cobranças coesivas aos devedores particulares e negociar com as instituições públicas e comerciais, com vista a liquidação mesmo que por prestações do valor e permitir reinvestir na rede.
O responsável deu essa informação durante uma visita de membros do Comité Provincial do MPLA às estações de tratamento de água da Guiné e do Quissole, enquadrada no âmbito do 47º aniversário da Independência Nacional, assinalado a 11 de Novembro.
Fez saber que, actualmente, estão integradas na rede 14 mil consumidores, que são abastecidos pelas Estações de Tratamento de Água (ETA) da Guiné e do Quissole, embora esta última esteja a funcionar apenas 15 horas por dia com o objectivo de reduzir as restrições na cidade, enquanto se ultimam os trabalhos técnicos, que quando concluídos, vão gerar 12 mil novas ligações domiciliares nos bairros Catombe, Cangambo, Maxinde e Canâmbua.
Financiado pelo Banco Mundial, o sistema de Quissole começou a ser construído em 2017 e está avaliado em 31 milhões e 237 mil e 861 dólares norte-americanos e vai beneficiar 74 mil e 135 habitantes.
Para além deste projecto, está em fase de aprovação um outro, que vai permitir estender a rede para 16 mil novos clientes da cidade de Malanje, perfazendo, dentro de mais alguns anos, 42 mil e 300 ligações, contra os 14 mil actuais.
Na ocasião, o segundo secretário do Comité Provincial do MPLA de Malanje, Nelo de Carvalho, assinalou a melhoria no fornecimento de água na cidade e as acções de extensão da rede, fruto dos investimentos feitos pelo Executivo nos últimos anos.
Reconheceu que o nível de cobertura de abastecimento de água à cidade ainda não é satisfatório, pelo que o partido vai continuar a fazer advocacia junto do governo para que mais famílias tenham acesso ao líquido em toda a extensão da província.
Para além das estações de tratamento de água da Guiné e do Quissole, os membros do MPLA visitaram também a sede da Universidade Rainha Nginga a Mbande (URNM), com vista a inteirar-se do seu funcionamento.