Ndalatando – Quatro ravinas em estado emergencial para o estancamento nos municípios de Ambaca e Samba Caju, na província do Cuanza Norte, começam a ser intervencionadas nos próximos dias.
O facto foi anunciado, esta sexta-feira, pelo director nacional de obras de engenharia do Ministério das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, Lucau Pedro Kiavuncu, após o auto de consignação das obras de contenção e estabilização das ravinas nestas duas municipalidades.
As ravinas, três no município de Ambaca e uma em Samba Caju, com dimensões que variam entre 500 a 700 metros de comprimento e cinco a 15 de profundidade serão intervencionadas num prazo de 30 dias.
Segundo Lucau Kiavuncu, as quatro ravinas que foram consignadas, cujos custos das obras não avançou, estão enquadradas no programa emergencial de contenção e estabilização aprovado pelo Executivo e que o Ministério da Construção, Urbanismo e Habitação está a levar a cabo no país.
Acrescentou que as mesmas tinham uma progressão rápida e a qualquer momento poderiam causar prejuízos avultados à população e ao Estado.
Esclareceu que no país estão catalogadas 742 ravinas e o governo dispõe de um orçamento de 90 mil milhões de kwanzas para o estancamento desses processos erosivos.
Lundas Norte e Sul, Cabinda, Uíge e Malanje, devido a sua formação geológica possuem solos menos resistentes que favorecem a formação de ravinas, foram apontadas como as províncias que apresentam maior número de casos de processos erosivos, que requerem intervenção imediata.
No Cuanza Norte estão identificados mais de 20 processos erosivos e o município de Ambaca apresenta o maior número deles.
Além do processo de reposição de solos e da circulação das águas pluviais, os trabalhos, em alguns casos, vão também consistir na construção de passagens hidráulicas e pontes, como soluções complementares ao processo de estabilização de ravinas.
O administrador municipal de Ambaca, Francisco Canbango, disse que as ravinas naquele município constituem "perigo iminente”, porque ameaçam destruir infra-estruturas habitacionais e vidas de pessoas.
Referiu que o processo erosivo desalojou perto de 100 famílias que habitavam o bairro Henda, um dos mais afectados pelas ravinas na municipalidade.
O auto de consignação das obras de contenção das ravinas nesses dois municípios foi testemunhado pelo ministro da Construção, Urbanismo e Habitação, Carlos Alberto Gregório dos Santos e o governador do Cuanza Norte, Pedro Makita Armando Júlia. DS