Luanda – A Cruz Vermelha de Angola (CVA) e a Associação Nacional dos Deficientes de Angola (ANDA) assinaram hoje, em Luanda, um protocolo de cooperação no domínio assistencial e humanitário, que vai beneficiar cerca de 45 mil pessoas portadoras de deficiência de guerra, acidentes e congénitos em todo país.
O referido memorando foi assinado pelos presidentes da Cruz Vermelha de Angola (CVA), Alfredo Elavoco Pinto, e da Associação Nacional dos Deficientes de Angola (ANDA), Silva Lopes Etiambulo.
Silva Etiambulo disse, na ocasião, que este acordo representa um grande ganho por se tratar de uma organização de caris nacional e com ela há a certeza de que a ANDA vai fazer mais em prol dos deficientes de guerra, acidentes e congénitos, entre deficiência física e motora, que carecem de apoios como as fisioterapias, formação profissional, emprego, alimentação, entre outros.
De acordo com Silva Lopes Etiambulo, a ANDA tem como lema “Não se troca a consciência pela deficiência” e isso implica que os deficientes são úteis para a sociedade e muitos carecem de formação e outros de oportunidades para continuarem a contribuir para o país.
“Neste momento enfrenta dificuldades em acudir os nossos associados com o deficit em reabilitação física, alimentação, formação profissional, empregos para eles e outros membros da família, aquisição de kites de trabalho (pequenas moageiras, sapataria, carpintaria, culinária, corte e costura, entre outros”, explicou.
Para o presidente da Cruz Vermelha de Angola, Alfredo Elavoco Pinto, a sua instituição é de caris humanitário e com os seus parceiros nacionais e internacionais vai tudo fazer para que as necessidades desta franja da sociedade sejam acudidas em curto tempo e particularmente nesta fase de Covid-19.
Para si, o referido protocolo vai gizar projectos e programas viáveis para mitigar o sofrimento das pessoas com deficiência em Angola, mobilizar e sensibilizar toda sociedade sobre os direitos e as especificidades dos deficientes segundo a legislação vigente e desenvolver laços de amizade e solidariedade.
Vão ainda, acrescentou, promover a formação e capacitação permanente em matérias de direitos e deveres, legislação que versam sobre as pessoas com deficiência no contexto jurídico-constitucional angolano e internacional e fazer advocacia sobre iniciativas legislativas, tanto na inserção como na revisão de acervo legislativo ao acesso no mercado de trabalho, em empresas públicas e privadas.
