Estrada Golungo Alto/Ngonguembo recebe asfalto

     Sociedade           
  • Cuanza Norte     Sexta, 12 Março De 2021    08h57  

Ndalatando– O ministro das Obras Públicas e Ordenamento do Território, Manuel Tavares de Almeida, lançou quinta-feira, na localidade de Quilombo Quiaputo, o projecto de asfaltagem da estrada Golungo Alto/Ngonguembo, província do Cuanza Norte.

A empreitada, a cargo da empresa China Tiesiju Enginnering Group CO Limitada (CTCE), contempla a asfaltagem de 36 quilómetros, no troço entre a comuna de Cambondo (Golungo Alto) à vila de Quilombo dos Dembos, sede do município do Ngonguembo.

Orçada em 21 mil milhões, 468 milhões, 709 mil e 253 kwanzas, a obra, com a duração de 18 meses, compreende ainda a construção de uma ponte de 60 metros sobre o rio Zenza, 30 passagens hidráulicas e valas para a macro drenagem das águas pluviais.

A empreitada vai proporcionar 374 empregos temporários directos a jovens das duas circunscrições (Golungo Alto e Ngonguembo).

O projecto contempla a colocação de 20 centímetros de base e igual espessura de sub-base de solos granulados seleccionados, bem como cinco centímetros de camada de desgaste revestidos em betão betuminoso.

O troço faz parte da Estrada Nacional número 120 e terá um perfil transversal de nove metros de largura, com duas faixas de rodagem de 3,5 metros cada e bermas de um metro em cada lado.

No acto de lançamento da empreitada, o ministro Manuel Tavares de Almeida explicou que o governo priorizou a asfaltagem desse troço, entre as várias empreitadas previstas, para atenuar as dificuldades de mobilidade com que se debate a população local.

Referiu que a intervenção enquadra-se no Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), com vista a garantir melhor acomodação do tráfego rodoviário.

O governador do Cuanza Norte, Adriano Mendes de Carvalho, espera que a reparação da estrada catapulte o desenvolvimento nesta região, sobretudo, no sector social e económico.

O administrador municipal do Ngonguembo, Constantino Figueiredo, reputou o acto de “muito importante”, já que, pela primeira vez, na sua história, o município vai estar ligado à outras localidades por estrada asfaltada, o que, a seu ver,  marca o início do desenvolvimento da circunscrição.

Domingos Madeira, um dos sobas da vila do Quilombo dos Dembos, mostrou-se satisfeito pela reabilitação da via, por facilitar a livre circulação de pessoas e bens, com maior incidência em época de chuva.

Afirmou que muitos doentes morrem pelo caminho devido às dificuldades da estrada, durante a evacuação para o hospital provincial, em Ndalatando, sobretudo no tempo de chuva, em que as ambulâncias ficam soterradas na lama.

De recordar que, para circular nesse troço, quase intransitável, são necessárias três a cinco horas de viagem entre a vila do Quilombo dos Dembos ao município do Golungo Alto.

A reabilitação deste troço começou em 2015, numa empreitada que incluía a colocação de tapete asfáltico.

A obra tinha sido consignada a construtora Imbondex, que a abandonou, após a asfaltagem de três dos 36 quilómetros que integram o referido troço, por razões desconhecidas.

O troço faz parte dos 86 quilómetros de distância que ligam Ndalatando (sede da província) ao Ngonguembo, 50 dos quais encontram-se asfaltados, nomeadamente, o troço entre a capital da província e a sede comunal de Cambondo, município do Golungo Alto.

As autoridades governamentais e os cidadãos onvergem sobre a necessidade da reabilitação do troço Golungo Alto/Ngonguembo, que consideram fundamental para a promoção do desenvolvimento desta circunscrição, cujo acesso, pela estrada de terra batida, é dificultado pelo relevo acidentado, caracterizado por elevações e precipícios.

O município de Ngonguembo, cuja sede localiza-se 86 quilómetros a noroeste de Ndalatando, conta com uma população estimada em sete mil 576 habitantes (Censo de 2014), que têm a agricultura como principal fonte de subsistência. Dedicam-se a produção de café, banana, amendoim, feijão, mandioca, batata-doce, palmeira, citrinos, entre outras.

Fazem parte do municipio, como uma extensão de mil 402 quilómetros quadrados, as comunas de Cavunga e de Camame.

 





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