Camabatela – A comuna do Máua, que dista a 18 quilómetros da vila de Camabatela, município de Ambaca, foi declarada, terça-feira (29), livre de minas e de outros engenhos explosivos, após a entrega do certificado de zona livre de minas pela ONG "Ajuda Popular da Noruega" (APN).
Os trabalhos de desminagem, que decorreram durante três meses, permitiram a remoção e a consequente desactivação e destruição de 670 minas anti-pessoal na localidade de Bari e permitiram limpar uma área de mais de 23 mil metros quadrados.
Em declarações à imprensa, o responsável dos trabalhos, José Nataniel, frisou que a empreitada foi árdua, mas o dever cumprido, pelo facto da população do Máua, sobretudo da localidade de Bari já poder circular à vontade na zona e realizar trabalhos agrícolas.
José Nataniel precisou que o trabalho foi realizado de modo faseado, tendo em atenção as condições climáticas da região de Ambaca.
A equipa de desminagem conseguiu, em três meses, remover e destruir mais de 600 minas anti-pessoal, de marca PP-Mi-SR, de fabrico Sueco com 3,250 quilogramas cada.
O administrador comunal do Máua, Ilídio Manuel, agradeceu o trabalho do governo, que permitiu a desminagem da zona, adiantando que, além de permitir a prática da agricultura, vai devolver o sentimento de segurança à população do Bari.
"Aqui ninguém circulava à vontade. Animais morriam caindo sobre minas. Hoje é uma enorme alegria para o nosso povo", manifestou-se regozijado.
De acordo com dados históricos, a zona havia sido minada pelas forças cubanas, por volta de 1976, na tentativa de proteger uma antena que foi instalada na região, cuja finalidade era a de facilitar as comunicações, durante o conflito armado.
Com uma população estima em 7.639 habitantes, a comuna do Máua dista cerca 20 quilómetros da vila de Camabatela e conta com uma extensão de 425 quilómetros quadrados.