Ndalatando - A província do Cuanza Norte regista um aumento de casos de conflitos de terras entre investidores privados e populares, que reivindicam a posse destes espaços, inviabilizando a actividade empresarial.
Essa afirmação foi feita à Angop hoje, quarta-feira, pelo comandante provincial da Polícia Nacional do Cuanza Norte, comissário António Neto, tendo referido que o litígio afecta principalmente o investimento no ramo agrícola.
O comandante, que falava num encontro com a nova delegada da Angop da província do Cuanza Norte, Isabel Canhanga, apontou os municípios de Cambambe, Lucala e Ambaca, como os mais visados pelos conflitos de terra.
Disse que esta situação está a obrigar a intervenção permanente do efectivo da corporação para evitar as acções de sabotagem da actividade e dos meios dos investidores, praticados por alguns cidadãos em áreas de conflitos.
Segundo o comissário, muitos dos empresários possuem os títulos de concessão de terra, mas ainda assim há cidadãos a inviabilizar o processo de investimento nestas localidades.
Lembrou que a actividade empresarial constitui uma das vias para a criação de empregos e a promoção do desenvolvimento local.
Salientou que certos empresários chegam a ter os meios técnicos furtados ou sabotados, sendo que muitos dos intitulados proprietários das terras não dão nenhum aproveitamento útil das áreas em conflito.
“É de lamentar a falta de cooperação da população em acolher a iniciativa dos empresários, que vêem para a província do Cuanza Norte para a implementação de projectos agrícolas em grande escala, uma iniciativa que também concorre para o fomento do emprego, promoção da auto-suficiência alimentar na região, combate à fome e a pobreza, entre outros ganhos”, frisou.
Assegurou que a Polícia Nacional na província do Cuanza Norte vai continuar com o seu trabalho de proteger os bens e a integridade física dos investidores, assim como promover o reforço do diálogo para se dirimir esse tipo de conflito.
Destacou o potencial da província do Cuanza Norte em termos de água, terras férteis e clima propício para a prática da actividade agrícola em grande escala.
Caracterizou, por outro lado, a situação delituosa da província do Cuanza Norte como calma, que regista uma média diária de cinco crimes, com realce para as ofensas corporais decorrentes de desentendimentos ocasionados, principalmente devido ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas.
Manifestou ainda a disponibilidade da Polícia Nacional do Cuanza Norte em cooperar com a Angop e outros órgãos do sector da comunicação social para abordar aspectos ligados à situação de segurança pública e outras acções da corporação.