Ndalatando – O Executivo angolano está a financiar a construção de quinhentas habitações, no projecto de auto- construção dirigida Quilómetro 11, em Ndalatando, capital da província do Cuanza Norte.
De acordo com o governador da província, Adriano Mendes de Carvalho, a construção das 500 casas será concretizado com recurso a um financiamento, cujo montante não especificou, aprovado pelo presidente da República, João Gonçalves Lourenço.
As obras de infra-estruturação do projecto, que iniciaram Maio de 2020, estão a ser financiadas com contribuições e doações de particulares, facto que, conforme o governador, está a atrasar a conclusão.
O loteamento do KM 11 conta já com água potável, fornecida por um furo artesiano, no local, energia eléctrica da rede pública e arruamentos.
Conta ainda com mais de 100 casas particulares em construção e 12 residências-modelo já concluídas, de diferentes tipologias, edificadas pelo Governo da província.
Está projectada a construção de um posto policial, escola primária, infantário, igreja, posto de saúde, bombeiros, área comercial e de infra-estruturas de recreação e desportivas.
O bairro vai beneficiar de uma conduta de abastecimento de água, derivada da nova estação de captação de Ndalatando, que será construída no rio Lucala.
O projecto, localizado a 11 quilómetros de Ndalatando, está a ser erguido numa área de 262, 32 hectares, para mais de três mil lotes.
Conta com 700 parcelas de terra loteadas, das quais 495 foram já distribuídas.
Projectado inicialmente para o realojamento de 265 famílias sinistras, em consequência da chuva, em Ndalatando, o espaço está agora a ser aproveitado para o reassentamento de cidadãos que construíram em zonas de risco, como encostas de montanhas, leitos de rios, cursos de água.
Vai também albergar cidadãos interessados em adquirir espaços para a construção de moradias ou de estabelecimentos comerciais.
O projecto contempla ainda o fomento, no local, da actividade agrícola, num loteamento agrário, com 75 hectares, para 150 beneficiários, numa primeira fase.
Cada beneficiário vai receber meio hectare. A ideia é integrar no processo produtivo os futuros moradores do bairro, incentivando-os a fazer parte de uma cooperativa agrícola.