Mais de quatro milhões de metros quadrados desminados no país

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  • Cuanza Norte     Sexta, 07 Maio De 2021    17h15  
Vista parcial de um campo minado
Vista parcial de um campo minado
ANGOP

Ndalatando – Quatro milhões, 572 mil e 706 metros quadrados foram desminados no país, em 2020, anunciou, esta sexta-feira, em Ndalatando, província do Cuanza Norte, a ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Faustina Fernandes Inglês de Almeida Alves.

A governante fez tal anúncio no acto de entrega ao Governo do Cuanza Norte do certificado das áreas libertas de minas, para a implantação do projecto de Electrificação Rural e Local dos municípios do Cuanza Norte, a cargo da construtora espanhola Elecnor.

O certificado refere-se ao traçado das linhas de transmissão de energia eléctrica de média e baixa tensão nos troços Ndalatando/Canhoca/Golungo Alto, Banga/Quiculungo e Catulungungo/Alto-Dondo/Dondo/São Pedro da Quilemba.

Segundo Faustina Alvez, nesse período foram clarificados, no país, perto de 395 quilómetros de estradas, 210 quilómetros de linhas de transportação de energia eléctrica de baixa e média tensão e 26 quilómetros de canais de irrigação.

Da acção, indicou, resultou na remoção e destruição de 635 engenhos explosivos não detonados, 356 minas anti-pessoal e 30 anti-tanque.

Relativamente a situação de desminagem no Cuanza Norte, foram concluídas a limpeza do traçado das linhas de transmissão de energia eléctrica de média e baixa tensão no troço Ndalatando/Golungo Alto, num percurso de 57 quilómetros, que resultou na desactivação de um engenho explosivo não detonado e a recolha de 963 metais diversos.

Conclui-se, igualmente, o traçado de 38 quilómetros da linha Quiculungo/Banga, onde foram recolhidos 435 metais diversos.

No mesmo período foi também clarificado o traçado das linhas de transmissão de baixa e média tensão do troço Catulungungo/Alto-Dondo/Dondo/São Pedro da Quilemba, num percurso de 80 quilómetros, onde foram desactivados e recolhidos nove engenhos explosivos não detonados e dois mil, 989 metais diversos.

O trabalho de desminagem incluiu também a limpeza de 33 quilómetros do traçado das linhas de baixa e média tensão do trajecto Ndalatando/Canhoca, onde foram desactivados cinco engenhos explosivos não detonados e recolhidos 828 metais diversos.

Está em curso a desminagem do traçado das linhas de baixa e média tensão no troço Canhoca/Cambondo/Ngonguembo, com 36 quilómetros, dos quais 30 quilómetros já clarificados, bem como o troço de 18 quilómetros Catari/Kissecula/Zavula, dos quais 11 já desminados.

Está ainda em curso trabalhos de desminagem do traçado das linhas de energia de baixa e média tensão no troço Golungo Alto/Captação de água/Cacanga, com 18 quilómetros, oito dos quais já limpo de minas.

As operações de desminagem no Cuanza Norte decorreram no período entre 09 de Novembro de 2020 a 31 de Março de 2021.

 As mesmas foram desenvolvidas pela 3ª, 5ª e 11ª brigada da Unidade Especial de Desminagem da Casa de Segurança do Presidente da Republica, assim como pela brigada C de desminagem da Região Militar Norte das Forças Armadas Angolanas (FAA).

Para a ministra, que não apresentou dados comparativos em relação a 2019, 2020 foi um ano desafiador para a Comissão Nacional Intersectorial de Desminagem e Assistência Humanitária (CNIDAH).

Salientou que à pandemia da Covid-19 trouxe desafios sem precedentes a instituição, na implementação das actividades de desminagem, fruto das restrições às movimentações e aglomerações que obrigaram a suspensão e até o cancelamento de algumas operações.

Ao intervir no acto, o governador do Cuanza Norte, Adriano Mendes de Carvalho, referiu que graças a intervenção dos técnicos da desminagem está a ser possível livrar de minas áreas que hoje dão lugar a construção de infra-estruturas e dinamização da agricultura.

Por sua vez, o responsável adjunto da sala operativa da Comissão Executiva de Desminagem, coronel João Sebastião, afirmou que, com a certificação destas áreas, eleva-se para quatro o número de locais devidamente certificados para a execução de qualquer trabalho sem perigos de minas.

Disse que o próximo desafio da instituição é a clarificação e certificação das restantes quatros áreas prioritárias e identificadas no Cuanza Norte pelo Executivo, para a implementação de projectos sociais.

Dados do departamento provincial do Instituto Nacional de Desminagem (INAD) indicam que a província do Cuanza Norte tinha contabilizadas 125 áreas suspeitas de minas.

A instituição indica também que esse dado está a ser actualizado, devido a existência de zonas anteriormente catalogadas como sendo de risco e posteriormente constatada a inexistência de risco.





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