Mukulongodjo -Três novas infra-estruturas sociais, nomeadamente uma escola de sete salas de aula, complexo residencial e posto da Polícia Nacional foram inauguradas, terça-feira, na comuna do Cubati, o município do Cuvelai, pela governadora da província do Cunene, Gerdina Didalelwa.
Edificados na vila de Cassueca, 353 quilómetros da cidade de Ondjiva, os empreendimentos foram construídos no âmbito do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) e do Programa de Investimentos Públicos.
A escola, orçada em 186 milhões, 485 mil e 218 kwanzas, vai acolher 490 alunos do ensino primário. Totalmente apetrechada, conta com três gabinetes, salas de reuniões, arrecadação, seis wc, varanda, pátio e tanque de água.
Já o complexo residencial para professores e enfermeiros está composto por seis residências do tipo T2,T1 e T0, refeitório, quadra desportiva, entre outros compartimentos, tendo custado dos cofres do Estado 155 milhões, 703 mil e 580 kwanzas.
Para a construção e apetrecho da esquadra policial de Cubati, o governo disponibilizou, no âmbito do Programa de Investimentos Públicos 99 milhões, 764 mil e 233 kwanzas.
A infra-estrutura policial composta por dois blocos, comporta cinco gabinetes, salas de reuniões, duas celas, instalações sanitárias, refeitório, entre outros.
Na ocasião, a governadora Gerdina Didalelwa disse que estas infra-estruturas vão permitir aos habitantes desta comuna terem os serviços básicos mais próximo de si, visando o seu bem-estar.
Lembrou que há 10 anos a comuna do Cubati não tinha nenhuma infra-estrutura para albergar serviços administrativos, sanitários e da educação, que funcionavam em tendas de campanha.
Para reverter o quadro, salientou que o executivo angolano tem vindo a materializar programas de construção de infra-estruturas nos municípios e comunas, a fim minimizar as assimetrias entre as populações que residem nas zonas recônditas e nas cidades.
Deste modo, a governante pediu aos habitantes a cuidarem bem das obras, com vista a contribuírem no desenvolvimento da sociedade” .
Tendo em conta as dificuldades de acesso à região, Gerdina Didalelwa afirmou que o governo vai destacar nos próximos dias uma brigada de manutenção de estrada que irá trabalhar na terraplanagem da referida via, de forma a garantir maior mobilidade do trânsito automóvel.
Satisfação das populações
A construção de novos empreendimentos está a transformar a imagem da sede comunal de Cubati, substituindo os edifícios de construção precária.
Para o soba grande da comuna, Miguel Katongotongo, é satisfatório ver a implementação destes projectos na circunscrição, pois vêm aliviar o sofrimento da população.
De acordo com a autoridade tradicional, desde o alcance da paz, verifica-se a vontade do governo em melhorar as condições de vida da população, realçando que anteriormente a população era obrigada a deslocar-se à sede do município ou à província do Cuando-Cubango para ter acesso a diversos serviços.
Entretanto, solicitou ao governo no sentido de investirem na reabilitação da via de acesso que liga a comuna a sede do município, construção de sistemas de água e energia, bem como a montagem da antena de telefonia.
Por seu turno, o administrador comunal, Fabião Ndeulita, enalteceu a dinâmica do executivo na implementação das acções do PIIM , que vem aliviar os problemas das comunidades.
Disse que a inauguração destes empreendimentos permitirá acomodar de forma condigna os agentes da ordem pública, professores e técnicos de saúde, proporcionando-lhes melhores condições de trabalho.
Apontou a situação das estradas, insuficiência de professores e enfermeiros, posto de saúde e escola, inexistência do sinal da TPA e rede de telefonia, como preocupações que afligem as populações.
Com uma superfície territorial de cinco mil 694 quilómetros quadrados, a comuna do Cubati situa-se a 156 quilómetros a leste da sede do município do Cuvelai, está dividido por cinco povoações: Cassueca, Teko, kaimdo, Pequeno Cunene e Caquindo.
A mesma conta com uma população de três mil 774 habitantes dos grupos étnicos linguísticos ganguela, kioco, nhanecas, handa, Cuanhama, umbundo e koisan, sendo o ganguela a língua predominante.