Cuito Cuanavale - A vila do Cuito Cuanavale, município com o mesmo nome, situado a 189 quilómetros a leste de Menongue, capital do Cuando Cubango, celebra hoje, sábado, 56 anos da sua existência, com foco no fomento da agricultura sustentável.
Actualmente, fruto de boas colheitas de produtos agrícolas, com destaque para a cebola, milho, mandioca, nos últimos cinco anos, a administração municipal tem dedicado uma atenção especial neste sector, através de distribuição de sementes, fertilizantes e outros imputes às famílias camponesas e cooperativas.
Igualmente, tem se engajado na instrução de boas práticas agrícolas, com os agrónomos locais, para que haja maior rentabilização das culturas acima mencionadas, dado o facto de que o Cuito Cuanavale possui terras aráveis para o efeito.
Fruto deste engajamento, no âmbito do 56 aniversário, a administração municipal promove uma feira do empreendedor e do produtor, onde estão expostas culturas de milho, feijão, feijão-frade, massango, jinguba, cebola, melão, batata rena, arroz, repolho, entre outras.
A feira, que termina no final deste mês, conta com mais de 80 expositores locais, de Menongue e outros do Huambo, Bié, Huíla e Luanda.
A vice-governadora para o sector político, económico e social, Helena Chimena, no acto de abertura da feira, destacou o Cuito Cuanavale como uma região com grandes potencialidades económicas, sobretudo por possuir terras aráveis e recursos hídricos, para contribuir no combate à pobreza.
Exemplificou o caso de um único agricultor da vila ter, apesar de carecer de fertilizantes, gado bovino para atracção animal e tractor para uma prática mais rentável em cada campanha agrícola, ter colhido mais de 170 toneladas de milho.
Volvidos 56 anos, reconheceu haver melhorias no seu desenvolvimento, com destaque para asfaltagem da avenida da vila, a construção da central térmica de 5 megawatts, aeroporto 23 de Março, 25 casas protocolares, construção da administração, entre outros equipamentos sociais, que modificaram a imagem da cidade do Cuito Cuanavale, uma atenção que terá sequência através do governo provincial.
O administrador municipal, Daniel Bimbi Alfredo, aponta que, hoje por hoje, os mais de 40 mil habitantes, maioritariamente camponeses, entendem que a melhor forma de combater a fome e a pobreza nas comunidades é apostar na agricultura, tanto do alto como das culturas de baixas, com destaque para hortaliças.
Conforme testemunha, as antigas terras utilizadas na época da Batalha do Cuito Cuanavale, que decorreu entre 1987 - 1988, actualmente estão a ser transformadas em campos de cultivo das principais culturas adaptáveis aos terrenos locais, como cebola, milho, mandioca, massango, entre outras.
O administrador destacou o empenho do Executivo para o desenvolvimento da vila, com destaque para a execução do PIIM que contempla 8 projectos, com realce para uma escola do I e II ciclo do ensino secundário, cujas obras terão brevemente inauguração.
As “Terras de Mwangana Mbingo-Mbingo, Tchicua Njamba”, têm uma dimensão territorial de 35.610 quilómetros quadrados, com três comunas, Longa, Baixo Longa e Lupiri, com uma população estimada em 40 mil 829 habitantes.
A sua nomenclatura resulta de dois grandes rios, designadamente Cuito e Cuanavale.
Para saudar a efeméride, a administração local promove actividades como campanha de limpeza “Meu bairro reflexo da minha Vida”, desportivas, visita ao hospital municipal, feira local com exposição de potencialidades agrícolas, maratona, entre outras.
A cerimónia da data foi abrilhantada com músicos do Cuito Cuanavale, Menongue, Moxico e do Huambo.ALK/JSV/PLB
