Programa Kwenda chega ao Curoca

     Sociedade           
  • Cunene     Segunda, 16 Novembro De 2020    20h15  
Adecos ilucidam comunidade sobre o Kwenda (Arquivo)
Adecos ilucidam comunidade sobre o Kwenda (Arquivo)
MORAIS SILVA

Curoca - Dez mil e 244 famílias do município do Curoca, província do Cunene, começaram, esta segunda-feira, a ser cadastradas para beneficiar do Programa de Transferência Monetária (Kwenda).

O município do Curoca com 56 mil habitantes é a circunscrição mais pobre de Angola, apresentando uma  incidência de pobreza de 98% em todas as dimensões, dados divulgados pelo  Instituto Nacional de Estatística (INE), em Novembro de 2019.

O Índice de Pobreza Multidimensional apresentada pelo INE, baseados nos dados do Recenseamento Geral da População e Habitação (RGPH ou Censo) realizado em 2014, é composto por quatro dimensões: saúde, educação, qualidade da habitação e emprego. 

O Kwenda é um programa que visa reforçar assistência social e económica das famílias mais carenciadas do país, sendo que os beneficiários recebem  trimestralmente 25 mil e 500 Kwanzas, na ordem de 8.500 kwanzas mês. 

Na província do Cunene, Curoca é o segundo município abrangido este ano, pelo programa Kwenda,   depois do Ombadja, onde mil e 656 famílias na condição de vulnerabilidade beneficiaram  dos cartões de levantamento dos valores no Banco de Poupança e Crédito (BPC), no Xangongo.

No acto de lançamento do programa Kwenda, na comuna de Oncocua, a directora provincial do Gabinete da  Acção Social, Família e Igualdade do Género do Cunene, Elizete Mwamelungi,  solicitou aos responsáveis pelo cadastramento que se seleccione  as famílias mais vulneráveis.

Lembrou que o programa de transferência monetárias surgiu  para minimizar as necessidades  das famílias e melhorar as  condições de vida, bem como criar oportunidades da criação de  pequenos negócios na comunidade.

Informou que 25 activistas estarão envolvidos no processo de cadastramento  das famílias a nível das duas comunas do município do Curoca, nomeadamente, Oncocua e Chitado.

O programa, com duração de três anos, prevê beneficiar um  milhão e 608 famílias nas 18 províncias do país e conta com o financiamento  global de 420 milhões de dólares norte-americanos (320 atribuídos pelo Banco Mundial e 100 milhões  pelo Executivo angolano).





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