Ondjiva- A Associação de taxistas na província do Cunene defendeu, esta quarta-feira, a necessidade da reposição da sinalização vertical e horizontal de trânsito nas principais estradas da região, visando reduzir os índices de acidentes e de mortes.
Em declarações à ANGOP, o porta-voz da associação dos taxistas do Cunene, Lino Gervásio, disse que muitos sinais da estrada nacional 105 e do casco urbano da cidade de Ondjiva foram vandalizados, facto que prejudica o exercício da condução.
Lino Gaspar salientou que a nível da urbe existem muitos problemas no pavimento, sobretudo ligados às passadeiras, o que tem provocado a não cedência de prioridade aos peões.
O problema maior, realçou, prende-se com a estrada 105, desde a fronteira de Santa Clara a Cahama onde mais de 90 porcento da sinalização colocada foram removidos.
Disse que por ser um local de trânsito internacional com várias curvas de travessia de animais, as autoridades deveriam tomar medidas de repor os sinais no pavimento para evitar ocorrências de acidentes.
O taxista reprovou o comportamento dos cidadãos que persistem em retirar os sinais para fabrico de utensílios domésticos, sublinhando a necessidade de um trabalho conjunto entre administrações locais, autoridades policiais e tradicionais, no sentido de educar as comunidades sobre a necessidade da preservação deste bem.
Por seu turno, o director do Instituto Nacional de Estrada de Angola (INEA) no Cunene, Paulo Sapalo, disse que a situação é do domínio do órgão central, realçando que foi efectuado cadastramento dos troços mais críticos, cuja informação foi encaminhada a direcção geral e aguardam o retorno para avançar com os trabalhos de reposição dos sinais.
O responsável justificou que a instituição na província não dispõe de material para reposição de sinais verticais ou de tinta reflectora para melhorar a sinalização do pavimento, pelo que aguarda disponibilidade orçamental.
Paulo Sapalo apontou como pontos mais críticos a estrada nacional 105 A de Ondjiva/Santa- Clara, circular, estrada Ondjiva /Xangongo, onde maior parte dos sinais foi vandalizada e outros destruídos em consequência de acidentes de viação.
Esclareceu que o INEA tem sob sua dependência apenas a estradas nacionais, que carece de um orçamento, mas a nível da zona urbana a responsabilidade é do passa governo da província.
Dados do departamento de trânsito e segurança rodoviária indicam que, no período de Janeiro a 15 de Novembro do corrente ano, 61 pessoas morreram e 499 ficaram feridos, resultantes de 349 acidentes de viação.
Comparado com o mesmo período de 2022, houve um aumento de 80 acidentes, 18 mortes e 126 feridos.FI/LHE/ART