Bailundo – Um grupo de 300 deficientes visuais do município do Bailundo, província do Huambo, iniciaram hoje aprimorar os conhecimentos sobre educação sexual, numa iniciativa da Associação Nacional dos Cegos e Amblíopes de Angola(ANCAA).
A formação, enquadrada no projecto sobre Direitos Sexuais e Reprodutivos dos deficientes visuais a ser executado num período de 12 meses, pela ANCAA, em parceria com a Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA) está a ser financiada pela União Europeia.
O projecto teve início na aldeia de Epamba (sede municipal do Bailundo) e na comuna do Bimbe, onde os actores se predispuseram em contribuir na defesa da pessoa humana para mitigar os efeitos negativos das doenças sexualmente transmissíveis e assegurar os direitos dos beneficiários.
Em declarações à ANGOP, o coordenador do projecto da ANCAA na província do Huambo, Bernardo Canganjo Chico, disse que o projecto pretende disponibilizar ferramentas sobre a educação sexual e planeamento familiar, para evitar situações de gravidez precoce e a marginalização social.
Explicou que serão promovidos espaço de diálogo sobre direito sexual e reprodutivo envolvendo as autoridades sanitárias, bem como os agentes da educação para a ampliação dos conhecimentos deste grupo social em condições vulneráveis em termos de protecção nas comunidades.
Por seu turno, a directora da acção social e veterano da Pátria no município do Bailundo, Julieta Ndumbo, enalteceu a iniciativa, que considerou ser um acto de inclusão social decisivo para a unificação familiar e, ao mesmo tempo, de humanização dos lares.
A responsável disse que a Administração local vai prestar apoios institucionais para abranger maior número de deficientes visuais.
A ANCAA controla 785 deficientes visuais distribuídos nos municípios do Huambo, Longonjo, Ucuma, Tchindjenje, Ecunha, Mungo e Bailundo. LT/JSV/ALH
